segunda-feira, 30 de julho de 2007
Como bem nota, caro X, e como a própria Mary-Louise Parker diz, essa é a eterna fatalidade humana. Não existe propriamente nada de novo, as ideias novas são simplesmente uma combinação de elementos que já existem. Até aqui já tinham chegado os empiristas ingleses do século XVII. Mas o brilhantismo da Genética foi o de vir mostrar o número absurdo de combinações que podem ser feitas com esses mesmos elementos. A isso chamamos imaginação humana. E isso leva-nos de rompante à pergunta que apetece logo fazer: então mas há ou não há evolução? Claro que há. As coisas mudam, e mudam bastante. O século XX não tem nada que ver com o século XV. Cada um é extraordinário à sua maneira. Mas nota-se evolução, sim, a nível macrocósmico. O macrocosmos humano muda, adapta-se, e a tecnologia é prova disso, e hoje mais que nunca. Mas será que cada indivíduo, em si, muda? Isto é, será que os microcosmos que existem dentro desse macrocosmos mudam? O conjunto de pessoas muda, claro, umas nascem, outras morrem. Mas será que cada uma das pessoas, considerando apenas uma pessoa, muda? Não me parece. E aqui tenho que fazer a vénia a Parménides. O ser, isto é, aquilo que é, de facto, alguma coisa, não pode deixar de o ser. Ou não pode passar a ser outra coisa porque senão teria forçosamente que deixar de ser o que é para não ser. E é por isso que gosto tanto da Biologia, e neste aspecto da Ecologia. Existem vários níveis de organização biológica, desde o indivíduo, população, espécie, comunidade,... e o mais incrível é que, de uns níveis para outros, surgem propriedades novas, propriedades que não se encontravam em cada um destes sistemas, quando considerados de forma isolada, mas que, em conjunto, e por processos dinâmicos, de interacção recíproca, emergem - são os chamados princípios emergentes, o 1+1=3. Isto é, é o facto de existir uma interacção entre dois sistemas distintos que faz com que determinada propriedade seja revelada. Podemos então pensar, mas será que essa propriedade que se revela já pré-existia, era anterior à interacção? Bem, se tomarmos como princípio que uma coisa só pode provir de algo que já pré-exista, então temos que concordar que a propriedade já existia, pelo menos em parte. Quer dizer, um dos elementos que possibilita a propriedade já existiria, e como são esses elementos que, combinados, dão origem à propriedade, temos que concluir que, pelo menos, haveria a priori a possibilidade ou a potencialidade da propriedade se manifestar. Mas ela só existe, de facto, quando se manifesta, no acto. Como dizia Aristóteles. E isso faz com que as combinações sejam infinitas. Nada é novo, tudo é velharia empoeirada. Mas tudo é sempre novo, porque novas combinações podem trazer sempre à luz novas propriedades, e novas propriedades geram mais elementos que podem, eles próprios, gerar mais combinações... e nós? Nós somos tudo isso sendo ao mesmo tempo.
domingo, 29 de julho de 2007
o cúmulo da globalização
cúmulo? Mas que dizeis?! O abismo da globalização: saber o nome de todas as capitais dos estados-membro da união europeia e não saber o nome da terra onde se vive.
sábado, 28 de julho de 2007
Previsões para o século XXI
Novo modelo cultural emergente: Individualismo
Modelo cultural estabelecido previamente: Socialismo
Noções importantes do novo modelo cultural:
Monismo, na Metafísica
Expressão, na Genética
Singularismo, na Psicologia
Simbiose/Simbiogénese, na Biologia Evolutiva
Trindade, na Teologia
Modelo cultural estabelecido previamente: Socialismo
Noções importantes do novo modelo cultural:
Monismo, na Metafísica
Expressão, na Genética
Singularismo, na Psicologia
Simbiose/Simbiogénese, na Biologia Evolutiva
Trindade, na Teologia
o cabelo é quem fala primeiro
é incrível, verdadeiramente inacreditável, a importância que o cabelo teve ao longo da história, e sobretudo ao longo da história do século XX, após a invenção dos primeiros champôs. O cabelo é um estado de espírito, uma afirmação, um ultimato pessoal à realidade. As cabeleiras de Louis XIV, de D. João V e do Marquês de Pombal eram uma afirmação. Poder, riqueza, subjugação, glória leonina. A juba de ouro, do poder, e do perfume. Os cabelos desgrenhados dos românticos da naturphilosophie eram um corte radical com os passados postiços. Deixar o cabelo solto, e o espírito se lhe seguirá. The Roaring Twenties vieram, mais uma vez, acabar com as pretensões vitorianas de uma moral burguesa aprumada, de promiscuidade apenas depois do casamento e de uma vida de farra e espectáculo. Bem servida com o novíssimo jazz à mistura, bem entendido. Quem disse que o cabelo de uma mulher devia ser apanhado, puxado e repuxado, moldado e esquartejado? Ou seria solto, como manda a natureza, ou então muito curto, quase como os homens. Nunca mais foi o mesmo. Quem pode esquecer os penteados com laca e brilhantina das felizes donas de casa desesperadas do pós Segunda Guerra Mundial? O modelo americano socialista daquilo que deveria ser a Barbie caseira a contrastar com a contra-reacção à guerra do Vietnam e à bomba atómica. O movimento hippie e a sua cultura prò-ambientalista não tolerava outra coisa que não fosse o completo regresso à natureza. O cabelo tal como ele era, comprido e selvagem. Mas a contra-resposta cultural da Pop Art não tardou a mostrar cartas, com o seu socialismo avançando ferozmente contra o capitalismo (ou a favor dele, consoante os ventos) e sobretudo contra o espectro comunista e a cortina-de-ferro. Pior é que o ferro enferruja, e quando o faz já não há volta a dar-lhe. Os Robots de ferro estandardizado deram lugar ao Techno, ao Pop/Rock, e à disco fever. O cabelo sempre os acompanhou, como em Elvis ou como em Marylin Monroe, ou como em John Travolta. Os selvagens cabelos dos 80's, da irreverência à revolução sexual trazida pela pílula do dia seguinte veio mudar muito o estilo de vida, sobretudo o feminino. Enquanto isso, uma esmorecida Geração "X" passava da guerra aos consultórios da psicologia e psicanálise freud e jungiana. O problema passava a estar dentro, e a exteriorizar-se através dos andrajos, os farrapos mentais de uma decadência socialista e pseudo-burguesa. A inépcia do consumismo face ao individualismo. Os cabelos compridos a voltarem-se para os homens, como forma de esconder aquilo que não queriam ver, ou talvez aquilo que não queriam mostrar. A mediatização. O final dos anos '90. O novo século. Passados 20 séculos, o cabelo continua a mudar. Agora é artístico, uma demonstração da singularidade e da personalidade da nova cultura emergente do individualismo. O crescimento exponencial da tecnologia, a mediatização dos meios de informação, a publicidade, o esbatimento de fronteiras, revelam a realidade que realmente se esconde por detrás do écran. A internet veio possibilitar que milhares de pessoas pudessem construir aquilo que são, pudessem escolher aquilo que querem fazer, para que se possam realizar na procura e encontrar o seu penteado. Ou as respostas para as suas questões. O mundo mudou. O cabelo também. O cabelo estava lá, sempre esteve, e sempre estará. O nosso cabelo. O cabelo de cada um.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Dizem
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é,
Sentir, sinta quem lê!
Fernando Pessoa
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é,
Sentir, sinta quem lê!
Fernando Pessoa
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Esconjuro Arrenegado
Vamos lá cagar
e peidar em Portugal
e para que não cheire mal
vamos lá emborrachar
esborrachar e escapulir
o fino e suado sorrir
do prazer que dá em cagar
o que é preciso é cheirar mal da boca
vomitar as entranhas por dentro
e por fora
e sem patranhas ou desgosto de última hora
deixar as senhas e as mulas
sem nora
(nem sogra)
ora, ora, ora!
toca a abrir essas nádegas,
bátegas, grossas a correr por fora
e os fluidos intestinais sem demora
a correr por entre os campos
em gloriosos ais!
vamos embora!
não há nada que não salte fora!
tudo o que entra também cai
e tudo o que cai que se parta
se pendure em retorta
para o pássaro voar mais
(e quem diz pássaro diz passarola)
quais ais nem meios ais!
devemos andar todos tristes da tola!
sem ler Zola mas só jornais
e deixando-nos tratar por jola!
embora desses ais!
embora! Zás, zus, tus, pais
não entram daqui, só a amora
silvestre e os vendavais,
Xô, zus, zás, zais,
Vamos sair e voar sem demora
sem sair do Portugal
que só é ais,
agora, agora, agora, agora
Morram o fado, o futebol,
etanol até ao estalo, cloro
e formol, como um regalo,
mais, e mais, e mais, e mais,
Fátima com o diabo,
morra a Bola,
mais o Fado que a entorna,
mais o orelhudo cachimbado
que só soa traque furado,
nem fraque nem amola,
nem mola nem estrado,
só erva, verde, amora,
pedra, cal e montado
monte-se o monte e parta-se a nora,
quebre-se o sobrado,
deixe-se respirar o mal olhado
que a todos consuma e que poda
poda poda o mau-olhado
e a mezinha torta,
morra morra esse enfrascado
que não sabe mais onde mora.
Morra, morra! Sem demora!
Cegue-se e parta-se o que há!
O que interessa sai para fora
O que não faz, fique onde está!
e peidar em Portugal
e para que não cheire mal
vamos lá emborrachar
esborrachar e escapulir
o fino e suado sorrir
do prazer que dá em cagar
o que é preciso é cheirar mal da boca
vomitar as entranhas por dentro
e por fora
e sem patranhas ou desgosto de última hora
deixar as senhas e as mulas
sem nora
(nem sogra)
ora, ora, ora!
toca a abrir essas nádegas,
bátegas, grossas a correr por fora
e os fluidos intestinais sem demora
a correr por entre os campos
em gloriosos ais!
vamos embora!
não há nada que não salte fora!
tudo o que entra também cai
e tudo o que cai que se parta
se pendure em retorta
para o pássaro voar mais
(e quem diz pássaro diz passarola)
quais ais nem meios ais!
devemos andar todos tristes da tola!
sem ler Zola mas só jornais
e deixando-nos tratar por jola!
embora desses ais!
embora! Zás, zus, tus, pais
não entram daqui, só a amora
silvestre e os vendavais,
Xô, zus, zás, zais,
Vamos sair e voar sem demora
sem sair do Portugal
que só é ais,
agora, agora, agora, agora
Morram o fado, o futebol,
etanol até ao estalo, cloro
e formol, como um regalo,
mais, e mais, e mais, e mais,
Fátima com o diabo,
morra a Bola,
mais o Fado que a entorna,
mais o orelhudo cachimbado
que só soa traque furado,
nem fraque nem amola,
nem mola nem estrado,
só erva, verde, amora,
pedra, cal e montado
monte-se o monte e parta-se a nora,
quebre-se o sobrado,
deixe-se respirar o mal olhado
que a todos consuma e que poda
poda poda o mau-olhado
e a mezinha torta,
morra morra esse enfrascado
que não sabe mais onde mora.
Morra, morra! Sem demora!
Cegue-se e parta-se o que há!
O que interessa sai para fora
O que não faz, fique onde está!
Positivo ou Negativo? II
Aspecto Positivo do Processo de Bolonha...
... diminui o tempo lectivo e aumenta a extensão dos curricula
Aspecto Negativo do Processo de Bolonha...
... continua a imperar o ensino retrógrado e rígido, e piora a qualidade do ensino
Corolário 1: Pelo menos já não ouvimos monos durante tanto tempo.
... diminui o tempo lectivo e aumenta a extensão dos curricula
Aspecto Negativo do Processo de Bolonha...
... continua a imperar o ensino retrógrado e rígido, e piora a qualidade do ensino
Corolário 1: Pelo menos já não ouvimos monos durante tanto tempo.
Positivo ou Negativo? I
Aspecto Positivo do Processo de Bolonha...
... maior mobilidade europeia
Aspecto Negativo do Processo de Bolonha...
... só para aqueles que têm dinheiro
... maior mobilidade europeia
Aspecto Negativo do Processo de Bolonha...
... só para aqueles que têm dinheiro
quarta-feira, 25 de julho de 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Coisas que adoro numa Igreja Evangélica Americana
Não concordam com casamentos homossexuais
Argumento perfeitamente justificável. Uma relação homossexual nunca daria origem a filhos, e portanto não era possível continuar a perpetuar a lavagem cerebral e o vazio mental que abundam nesses sítios. Tão certo como uma célula se divide em duas, as ideias passam muito bem enraizadas de pais para filhos, com um modelo de pai autoritário (o conhecido pai tirano, professor e simpático) e uma mãe submissa (a autêntica fábrica de fazer filhos).
Se é para ter filhos, então o limite mínimo é 10 por casal
Quanto maior for a prole, maior o divisor quando se trata de distribuir os rendimentos. Assim, menor quantidade de dinheiro cabe, em média, a cada filho, e, portanto, a qualidade de vida diminui. Se esta diminui, diminui certamente o acesso a actividades culturais, isto é, actividades que realmente estimulam a criatividade e a imaginação de cada um, e maior a morte cerebral. Claro que dificuldades económicas induzem um estado de apatia constante e uma miséria profunda, o que vem mesmo a calhar para uma muito maior e mais fácil penetração das ideias deste ou daquele que permitam estimular endorfinas.
Vamos converter o maior número de pessoas possível!
Como a estupidez é algo que alastra muito facilmente, então são construídos autênticos centros comerciais religiosos, em que as bênçãos e a alegria são distribuídos misturadas com mensagens subliminares para votar neste ou naquele candidato. E como é preciso incutir no inconsciente das pessoas (por um autêntico fenómeno de condicionamento pavloviano - mas que Admirável Mundo Novo!) sensações agradáveis sempre que se fala da Bíblia (ficaria melhor dizer Vulgata) ou de ideais conservadores (inequivocamente prò-hitlerianos, nacional-socialistas) ou até de demência socialista colectiva, que tal começar desde bem cedo? Por isso é que tantos pais levam as suas crianças a essas sessões. Elas podem não compreender nada do que se diz, mas decerto apreenderão muito bem todas essas mensagens com as quais podem encher o seu cérebro e ficar felizes, tal como um robot acabado de construir. São os neoandróides do nosso tempo, sem chips de silício, pois claro, porque tal elemento é caro.
É muita fixe cutir essas cenas, meu!
E, para que o pacote não fique incompleto, que tal um fogo-de-artifício, concertos ao ar livre e canções cheias de alegria para encher a vida miserável de escravos que levamos? Ora pois, chegamos até aos adolescentes, essa massa disforme que nunca conseguiu ser controlada por ninguém, conseguimos descer até ao seu estado mental e tornar a crendice uma moda! Que divertido! Sempre com doses pululantes de adrenalina e descargas hormonais. E se se puder fumar umas ganzas e atingir o Céu sem sair da terra? O Paraíso acabou por chegar, enfim!
Nunca numa sociedade massificada e mortificada as coisas desceram tão baixo. Mas, realmente, já era assim desde o tempo de Jesus, e ele não se importava com isso... a única verdade que pode haver no mundo é o facto de as coisas nunca mudarem: mudam os impérios e as línguas, as riquezas e as fronteiras, os governos e desgovernos, mas as pessoas não mudam.
Argumento perfeitamente justificável. Uma relação homossexual nunca daria origem a filhos, e portanto não era possível continuar a perpetuar a lavagem cerebral e o vazio mental que abundam nesses sítios. Tão certo como uma célula se divide em duas, as ideias passam muito bem enraizadas de pais para filhos, com um modelo de pai autoritário (o conhecido pai tirano, professor e simpático) e uma mãe submissa (a autêntica fábrica de fazer filhos).
Se é para ter filhos, então o limite mínimo é 10 por casal
Quanto maior for a prole, maior o divisor quando se trata de distribuir os rendimentos. Assim, menor quantidade de dinheiro cabe, em média, a cada filho, e, portanto, a qualidade de vida diminui. Se esta diminui, diminui certamente o acesso a actividades culturais, isto é, actividades que realmente estimulam a criatividade e a imaginação de cada um, e maior a morte cerebral. Claro que dificuldades económicas induzem um estado de apatia constante e uma miséria profunda, o que vem mesmo a calhar para uma muito maior e mais fácil penetração das ideias deste ou daquele que permitam estimular endorfinas.
Vamos converter o maior número de pessoas possível!
Como a estupidez é algo que alastra muito facilmente, então são construídos autênticos centros comerciais religiosos, em que as bênçãos e a alegria são distribuídos misturadas com mensagens subliminares para votar neste ou naquele candidato. E como é preciso incutir no inconsciente das pessoas (por um autêntico fenómeno de condicionamento pavloviano - mas que Admirável Mundo Novo!) sensações agradáveis sempre que se fala da Bíblia (ficaria melhor dizer Vulgata) ou de ideais conservadores (inequivocamente prò-hitlerianos, nacional-socialistas) ou até de demência socialista colectiva, que tal começar desde bem cedo? Por isso é que tantos pais levam as suas crianças a essas sessões. Elas podem não compreender nada do que se diz, mas decerto apreenderão muito bem todas essas mensagens com as quais podem encher o seu cérebro e ficar felizes, tal como um robot acabado de construir. São os neoandróides do nosso tempo, sem chips de silício, pois claro, porque tal elemento é caro.
É muita fixe cutir essas cenas, meu!
E, para que o pacote não fique incompleto, que tal um fogo-de-artifício, concertos ao ar livre e canções cheias de alegria para encher a vida miserável de escravos que levamos? Ora pois, chegamos até aos adolescentes, essa massa disforme que nunca conseguiu ser controlada por ninguém, conseguimos descer até ao seu estado mental e tornar a crendice uma moda! Que divertido! Sempre com doses pululantes de adrenalina e descargas hormonais. E se se puder fumar umas ganzas e atingir o Céu sem sair da terra? O Paraíso acabou por chegar, enfim!
Nunca numa sociedade massificada e mortificada as coisas desceram tão baixo. Mas, realmente, já era assim desde o tempo de Jesus, e ele não se importava com isso... a única verdade que pode haver no mundo é o facto de as coisas nunca mudarem: mudam os impérios e as línguas, as riquezas e as fronteiras, os governos e desgovernos, mas as pessoas não mudam.
a razão pela qual Bush ainda é o presidente dos EUA
a Igreja Evangélica, todos os seus pastores e sobretudo todos os milhares e milhares de crianças, adolescentes, adultos e velhos a quem fizeram uma lavagem cerebral. Se os militares americanos estão realmente contra o fanatismo religioso, deviam começar por combatê-lo no seu próprio país. Lá diz o ditado, "quem tem telhados de vidro..."
é preciso galopar os poemas
é preciso galopar os poemas,
os problemas e os temas e as termas
achar a incógnita da equação para deixá-la ao lado
no que foi e no que nunca será
cheirar as coisas sem cheiro para saber que não há que cheirar o que não tem cheiro
e rir, rir muito
sem sair da garupa de uma tempestade ou outra
é preciso galopar os problemas
estrelá-los com vinha d'alhos e coentros violetas e lilases
cozinhar em banho-maria para despejá-los pela cabeça
e cheirar ao que cheiram as coisas que não têm cheiro
para que os outros saibam que não se pode cheirar senão a nada
a nada a coisa nenhuma que se não é
os problemas e os temas e as termas
achar a incógnita da equação para deixá-la ao lado
no que foi e no que nunca será
cheirar as coisas sem cheiro para saber que não há que cheirar o que não tem cheiro
e rir, rir muito
sem sair da garupa de uma tempestade ou outra
é preciso galopar os problemas
estrelá-los com vinha d'alhos e coentros violetas e lilases
cozinhar em banho-maria para despejá-los pela cabeça
e cheirar ao que cheiram as coisas que não têm cheiro
para que os outros saibam que não se pode cheirar senão a nada
a nada a coisa nenhuma que se não é
Ah, as maravilhas do português, essa língua grandiosamente sibilina, esse sussurro de meia-noite empoleirado em vão de escada, essa descida ao rés-do-chão sem elevador, essa árvore robusta de carvalho maciço à espera de ser levantado no mar, essa paixão ardente de lábios cor de sangue e suor, esse grito de poetas longínquos e intocáveis, esse suspiro de espíritos moribundos que sonham com o raiar do dia, ser português é cultivar esta língua plena de gregos e latinos, plena de expressões enigmáticas e de trocadilhos inauditos, é trocar as voltas à semiótica e dizer-lhe que a mensagem somos nós, é pensar sentindo o que não se pode dizer dizendo-o num silêncio de brisa tempestuosa que sai do mar mas não acalma, que leva ao céu mas não se fica, é ser essa própria luz do luar e da solar estrada que se ri de tudo e de nós como uma perdida
sexta-feira, 20 de julho de 2007
as pessoas subestimam a importância de se estar sozinho. Os outros animais, que não o homem, nascem, desenvolvem-se, reproduzem-se e morrem. O homem não é nada disto e tudo isto ao mesmo tempo. O homem pode escolher se se quer reproduzir ou não. O homem pode escolher entre viver só ou acompanhado. O homem tem em si a chave que abre todas as portas. Claro que está limitado pelo seu nascimento e pela sua morte, mas todo o resto do tempo é uma escolha. Pessoa nunca teria escrito o que escreveu se se tivesse casado. E talvez Einstein não teria sido um físico tão grandioso se tivesse dado atenção à família. Para se conhecer a si mesmo, para se conhecer realmente, é preciso estar-se só - o que não implica que se esteja sozinho. Mas, ainda assim, é preciso estar-se só. Só se é plenamente estando-se só.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
quarta-feira, 18 de julho de 2007
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Novo Dicionário Terminologístico Para o Século XXI
EURODEPUTADO
eurodepauperado;
euridepauperado;
eurodisputado;
eurodecalcado;
euridescalçado;
euridesmamado;
eurodestapado;
eurodestoado;
eurodetestado;
etc. et al.
eurodepauperado;
euridepauperado;
eurodisputado;
eurodecalcado;
euridescalçado;
euridesmamado;
eurodestapado;
eurodestoado;
eurodetestado;
etc. et al.
domingo, 15 de julho de 2007
why don't we spend all our time chasing cars around our heads?
Chasing cars, from Snow Patrol... with love
sábado, 14 de julho de 2007
Agradecimento
Agradeço a todos aqueles que, por se terem comigo cruzado, e por me ter cruzado com eles, e por tudo aquilo que me fizeram, e por tudo aquilo que deixaram por fazer, me terem dado a alavanca para soltar a inspiração que voa para os lugares que não podem ser chamados por nenhum nome. Obrigado pela alegria e pela tristeza. Pela dor e pelo o amor. Pela muita estupidez que me deram, às carradas, como a chuva que cai do céu em dia de tempestade, e pelos pequenos e fugazes momentos de nuvem que refracta. São eles tudo o que em mim me faço EU
sexta-feira, 13 de julho de 2007
Observações não-darwinistas
(em desenvolvimento)
1 - Mecanismos de quorum-sensing em procariontes
2 - Transferência horizontal de genes entre procariontes
3 - Presença de organelos como a mitocôndria, o cloroplasto e os peroxissomas em células eucariônticas
4 - Organização multicelular de organismos mais complexos
5 - Diferenciação celular em organismos multicelulares
6 - Existência de simbiose
7 - Agregação de vários indivíduos de uma mesma população em redes sociais
8 - Hierarquização de redes sociais
9 - Verificação de comportamentos altruístas em membros de agregados sociais de elevada complexidade
10 - Diversidade de comportamentos sexuais (heterossexual, homossexual, bissexual) no reino animal
Postula-se que, dado o crescente número de observações que contrariam a teoria darwinista, esta deve ser revista por inteiro.
1 - Mecanismos de quorum-sensing em procariontes
2 - Transferência horizontal de genes entre procariontes
3 - Presença de organelos como a mitocôndria, o cloroplasto e os peroxissomas em células eucariônticas
4 - Organização multicelular de organismos mais complexos
5 - Diferenciação celular em organismos multicelulares
6 - Existência de simbiose
7 - Agregação de vários indivíduos de uma mesma população em redes sociais
8 - Hierarquização de redes sociais
9 - Verificação de comportamentos altruístas em membros de agregados sociais de elevada complexidade
10 - Diversidade de comportamentos sexuais (heterossexual, homossexual, bissexual) no reino animal
Postula-se que, dado o crescente número de observações que contrariam a teoria darwinista, esta deve ser revista por inteiro.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Níveis de Motivação
Existem três níveis de motivação para cada indivíduo:
1) Nível semântico (dos significados)
Aquilo que motiva o indivíduo é apenas e somente aquilo que tem para ele algum significado (pessoal), seja qual for o significado que esse indivíduo lhe atribui. O indivíduo move-se pelos instintos que nascem da sua individual valoração positiva ou negativa, procurando os objectos aos quais associou a primeira e distanciando-se dos objectos aos quais associou a segunda. O indivíduo diz-se centrado em si mesmo, isto é, na sua única e própria esfera de valorações.
2) Nível cognitivo (da aprendizagem)
Para um indivíduo superior, plenamente receptivo a todos os estímulos que capta do seu ambiente (exterior e interior), há um descentramento da sua rede de associações valorativas. A valoração já não reside em si, mas apenas no prazer que pode extrair da aprendizagem do que lhe é exterior e do que lhe é interior. Não existe um objecto que lhe seja desinteressante; por outra, tudo é considerado interessante e passível de ser conhecido por vontade própria. Estes indivíduos podem experimentar um sentimento de ligação mística com o universo de estímulos que se lhes apresenta. Porém, podem também sofrer de uma incapacidade na definição precisa e concreta de um único objectivo ou meta face à sua valoração. O seu pensamento divergente e extremamente fluido pode levar a uma dispersão da sua atenção, e à incapacidade de realização concreta de uma qualquer tarefa a que se proponham.
3) Nível existencial (do acto)
Para um indivíduo verdadeiramente superior, ultrapassado esse primeiro momento de dispersão da sua atenção mediante todos os estímulos que existem no meio, existe a consciência de que não é possível conhecer todos os estímulos que se nos apresentam. As causas são óbvias: a quantidade de estímulos recebida por instante é muito superior à capacidade perceptiva humana, interpretar cada um desses estímulos requer grandes intervalos de tempo, e portanto elaborar respostas a cada um desses estímulos também não é humanamente possível, a vida humana é limitada pelo nascimento e morte sendo demasiado pequena para receber, interpretar e responder a todos os estímulos, etc. Para o indivíduo verdadeiramente superior que chega a esta inevitável conclusão, só é possível um caminho: de entre todos os estímulos existentes, escolher interpretar e responder apenas àqueles que permitem um maior e mais rápido desenvolvimento da sua personalidade.
Hoje em dia, a grande maioria das pessoas não passa do nível semântico, o mais centrado de todos. Daí decorre que a vida, actualmente, seja sobretudo uma luta pela sobrevivência, no sentido mais darwiniano do termo. Para as pessoas que atingiram o nível cognitivo, a vida não é nada fácil, dado que a maioria das pessoas não passa do nível semântico e, portanto, se atropela mutuamente para satisfazer os seus instintos. Estima-se que a maior parte das pessoas que reside no nível cognitivo não sobreviva facilmente, sendo seleccionada negativamente. Tanto maior é esta selecção negativa quando maior e mais completa for a capacidade perceptiva da pessoa, isto é, quanto maior for a sua inteligência. Daí decorre que grande parte das pessoas mais inteligentes do mundo está a ser seleccionada negativamente, no sentido darwiniano do termo. Em raríssimos casos, existe uma pessoa que passa para o nível existencial. Essas são as pessoas que se encontram mais bem adaptadas ao ambiente em que vivemos, já que possuem uma inteligência superior e, ao mesmo tempo, sabem como devem expressá-la no contexto em que se encontram, ou seja, têm a capacidade de canalizar de forma faseada a sua motivação para, não obscurecendo ou atrofiando a sua inteligência, poder expressar um fenótipo que é qualitativamente superior relativamente à aptidão evolutiva da maior parte das pessoas. Só estas pessoas é que fazem realmente andar o mundo, sendo que as do nível cognitivo não podem senão preparar o mundo para a mudança que pelas primeiras é desempenhada.
1) Nível semântico (dos significados)
Aquilo que motiva o indivíduo é apenas e somente aquilo que tem para ele algum significado (pessoal), seja qual for o significado que esse indivíduo lhe atribui. O indivíduo move-se pelos instintos que nascem da sua individual valoração positiva ou negativa, procurando os objectos aos quais associou a primeira e distanciando-se dos objectos aos quais associou a segunda. O indivíduo diz-se centrado em si mesmo, isto é, na sua única e própria esfera de valorações.
2) Nível cognitivo (da aprendizagem)
Para um indivíduo superior, plenamente receptivo a todos os estímulos que capta do seu ambiente (exterior e interior), há um descentramento da sua rede de associações valorativas. A valoração já não reside em si, mas apenas no prazer que pode extrair da aprendizagem do que lhe é exterior e do que lhe é interior. Não existe um objecto que lhe seja desinteressante; por outra, tudo é considerado interessante e passível de ser conhecido por vontade própria. Estes indivíduos podem experimentar um sentimento de ligação mística com o universo de estímulos que se lhes apresenta. Porém, podem também sofrer de uma incapacidade na definição precisa e concreta de um único objectivo ou meta face à sua valoração. O seu pensamento divergente e extremamente fluido pode levar a uma dispersão da sua atenção, e à incapacidade de realização concreta de uma qualquer tarefa a que se proponham.
3) Nível existencial (do acto)
Para um indivíduo verdadeiramente superior, ultrapassado esse primeiro momento de dispersão da sua atenção mediante todos os estímulos que existem no meio, existe a consciência de que não é possível conhecer todos os estímulos que se nos apresentam. As causas são óbvias: a quantidade de estímulos recebida por instante é muito superior à capacidade perceptiva humana, interpretar cada um desses estímulos requer grandes intervalos de tempo, e portanto elaborar respostas a cada um desses estímulos também não é humanamente possível, a vida humana é limitada pelo nascimento e morte sendo demasiado pequena para receber, interpretar e responder a todos os estímulos, etc. Para o indivíduo verdadeiramente superior que chega a esta inevitável conclusão, só é possível um caminho: de entre todos os estímulos existentes, escolher interpretar e responder apenas àqueles que permitem um maior e mais rápido desenvolvimento da sua personalidade.
Hoje em dia, a grande maioria das pessoas não passa do nível semântico, o mais centrado de todos. Daí decorre que a vida, actualmente, seja sobretudo uma luta pela sobrevivência, no sentido mais darwiniano do termo. Para as pessoas que atingiram o nível cognitivo, a vida não é nada fácil, dado que a maioria das pessoas não passa do nível semântico e, portanto, se atropela mutuamente para satisfazer os seus instintos. Estima-se que a maior parte das pessoas que reside no nível cognitivo não sobreviva facilmente, sendo seleccionada negativamente. Tanto maior é esta selecção negativa quando maior e mais completa for a capacidade perceptiva da pessoa, isto é, quanto maior for a sua inteligência. Daí decorre que grande parte das pessoas mais inteligentes do mundo está a ser seleccionada negativamente, no sentido darwiniano do termo. Em raríssimos casos, existe uma pessoa que passa para o nível existencial. Essas são as pessoas que se encontram mais bem adaptadas ao ambiente em que vivemos, já que possuem uma inteligência superior e, ao mesmo tempo, sabem como devem expressá-la no contexto em que se encontram, ou seja, têm a capacidade de canalizar de forma faseada a sua motivação para, não obscurecendo ou atrofiando a sua inteligência, poder expressar um fenótipo que é qualitativamente superior relativamente à aptidão evolutiva da maior parte das pessoas. Só estas pessoas é que fazem realmente andar o mundo, sendo que as do nível cognitivo não podem senão preparar o mundo para a mudança que pelas primeiras é desempenhada.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Modelos Pedagógicos
Podem ser distinguidas de entre as abordagens pedagógicas a efectuar na leccionação de um dado conjunto de conhecimentos científicos em aulas essencialmente três modelos didácticos:
1) Modelo estritamente conceptual
O tema a apresentar é seguido com base numa critério puramente conceptual, para facilitar o entendimento conceptual do tema. Por exemplo, na explanação dos processos genéticos básicos da Biologia Molecular, explica-se primeiro o que é a replicação, depois a transcrição e só no fim a tradução. O tema é tratado por forma a que se enquadre logicamente a exposição dos conceitos, de uma forma compreensiva e integrada. Este modelo é estático e não permite uma grande flexibilidade de curricula face a novos desenvolvimentos científicos. Os novos dados, a serem inseridos, são arrumados conceptualmente a priori. Não há análise crítica.
2) Modelo pragmático/empírico
O tema a apresentar é seguido a partir daquilo que seria necessário fazer para chegar do dado empírico, observável, até ao conceptual. O mote é "aprende-se fazendo". Esta proposta didáctica é mais completa porque dá uma visão integrada quer da experimentação prática (em laboratório) como do desenvolvimento conceptual que pode ser feito a partir daquela. Há uma contextualização na actualidade da aplicação prática dos conhecimentos obtidos. Parte-se da experiência prática para o conceito. A compreensão é mais integral. Implica aulas de laboratório, ou a resolução de problemas que são necessários na preparação de um futuro investigador de laboratório.
3) Modelo histórico-evolutivo
O tema a apresentar é seguido a partir da evolução do conhecimento humano acerca desse mesmo tema. A construção conceptual baseia-se por excelência na prática laboratorial e análise da metodologia utilizada, o que permite desenvolver competências muito mais abrangentes e bem adaptadas à vida profissional, àquilo que realmente é a prática corrente de um laboratório. Este modelo baseia-se numa análise diacrónica da ciência. Estimula a capacidade crítica dos estudantes e parte da noção de que a ciência é algo fluido, dinâmico, e não estático ou limitado por severas regras conceptuais. O mote é "aprende-se pensando/criticando".
Hoje em dia o modelo que adquiriu maior expressividade entre as universidades é o modelo estritamente conceptual, o que leva a que a exposição de conhecimentos seja preferida à integração de conhecimentos. Esta é parca de ideias e, pior que isso, insuficiente. Em alguns locais, prefere-se a abordagem pragmática/empírica, que traz alguns resultados, sobretudo porque o pensamento torna-se mais fluido e adaptável a novas situações - isto é, estimula o desenvolvimento da inteligência dos estudantes. Em alguns, poucos, casos há manuais que seguem este modelo. A clareza dos conteúdos é assinalável. Por outro lado, e apenas em raríssimos casos, as aulas são seguidas com recurso a propostas histórico-evolutivas. A aprendizagem é qualitativamente superior, em todos os sentidos, e não pode ser comparada a uma abordagem estritamente conceptual. Este é o modelo que melhor introduz e desenvolve a verdadeira crítica e discussão dos conhecimentos promovendo a evolução da ciência.
1) Modelo estritamente conceptual
O tema a apresentar é seguido com base numa critério puramente conceptual, para facilitar o entendimento conceptual do tema. Por exemplo, na explanação dos processos genéticos básicos da Biologia Molecular, explica-se primeiro o que é a replicação, depois a transcrição e só no fim a tradução. O tema é tratado por forma a que se enquadre logicamente a exposição dos conceitos, de uma forma compreensiva e integrada. Este modelo é estático e não permite uma grande flexibilidade de curricula face a novos desenvolvimentos científicos. Os novos dados, a serem inseridos, são arrumados conceptualmente a priori. Não há análise crítica.
2) Modelo pragmático/empírico
O tema a apresentar é seguido a partir daquilo que seria necessário fazer para chegar do dado empírico, observável, até ao conceptual. O mote é "aprende-se fazendo". Esta proposta didáctica é mais completa porque dá uma visão integrada quer da experimentação prática (em laboratório) como do desenvolvimento conceptual que pode ser feito a partir daquela. Há uma contextualização na actualidade da aplicação prática dos conhecimentos obtidos. Parte-se da experiência prática para o conceito. A compreensão é mais integral. Implica aulas de laboratório, ou a resolução de problemas que são necessários na preparação de um futuro investigador de laboratório.
3) Modelo histórico-evolutivo
O tema a apresentar é seguido a partir da evolução do conhecimento humano acerca desse mesmo tema. A construção conceptual baseia-se por excelência na prática laboratorial e análise da metodologia utilizada, o que permite desenvolver competências muito mais abrangentes e bem adaptadas à vida profissional, àquilo que realmente é a prática corrente de um laboratório. Este modelo baseia-se numa análise diacrónica da ciência. Estimula a capacidade crítica dos estudantes e parte da noção de que a ciência é algo fluido, dinâmico, e não estático ou limitado por severas regras conceptuais. O mote é "aprende-se pensando/criticando".
Hoje em dia o modelo que adquiriu maior expressividade entre as universidades é o modelo estritamente conceptual, o que leva a que a exposição de conhecimentos seja preferida à integração de conhecimentos. Esta é parca de ideias e, pior que isso, insuficiente. Em alguns locais, prefere-se a abordagem pragmática/empírica, que traz alguns resultados, sobretudo porque o pensamento torna-se mais fluido e adaptável a novas situações - isto é, estimula o desenvolvimento da inteligência dos estudantes. Em alguns, poucos, casos há manuais que seguem este modelo. A clareza dos conteúdos é assinalável. Por outro lado, e apenas em raríssimos casos, as aulas são seguidas com recurso a propostas histórico-evolutivas. A aprendizagem é qualitativamente superior, em todos os sentidos, e não pode ser comparada a uma abordagem estritamente conceptual. Este é o modelo que melhor introduz e desenvolve a verdadeira crítica e discussão dos conhecimentos promovendo a evolução da ciência.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
quarta-feira, 4 de julho de 2007
um dos mistérios mais simples e mais profundos da vida está na natureza da divisão celular. Uma bactéria que se divide em duas perde a sua individualidade enquanto organismo, sacrifica-se para que se possa perpetuar. Um organismo multicelular complexo, como o homem, também é composto por centenas de milhar de células, e cada uma delas perde a sua individualidade quando se divide em duas. Quanto ao organismo, porém, não há alteração. As células sacrificam-se, mas apenas para manter a individualidade e a constância do organismo. Os seres humanos não mudam.
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