...concordo. E este ano tenho pensado muito nisso - o Natal está a deixar de me dizer o que até há pouco tempo dizia...não sei se vai passar a ser "mais um dia", se vai passar a ser "todos os dias"...
A bem dizer, o Natal, exactamente como o dia do ano novo; exactamente ainda como o dia do aniversário; são todos eles dias como quaisquer outros: únicos em toda a sua potência criadora. Não devemos dar-lhes maior ou menor importância lá por causa disso; simplesmente o que acontece é que há esta noção ritualística de celebrar o tempo para refundar a parcela do sagrado que há em nós. O Natal, como o próprio nome indica, é a celebração do nascimento; e todos os dias deviam ser o dia em que algo de novo nasce em nós e de nós ao mundo. Isso é que é o verdadeiro Natal.
Não há nada mais subjectivo que o tempo - até podíamos dizer, com Einstein, que não há nada mais relativo. Depende inexoravelmente do observador que observa o fenómeno. Por outro lado, não devemos querer reduzir algo complexo a algo simples: há sempre um desvirtuamento que se dá, como na tradução de um livro para uma língua diferente. Felizmente a intenção, essa vontade, é que sempre guia o mundo. Oxalá ela guie mais Natais pelos tempos afora.
lolol... Joana, mas isso é precisamente aquilo que o Natal não é! Só temos de ter cuidado e separar o Natal consumista e comercial do verdadeiro Natal. Et voilà!
A frase pode estar gasta, mas o alcance do seu mais alto significado é que já não... o objectivo do Natal, do verdadeiro Natal, do Natal que significa nascimento, é honrar, ao mesmo tempo, aquilo que há em nós de deus e aquilo que há em nós de menino; e só quando correspondemos uma coisa à outra é que lá chegamos. Manter viva a divindade que há em nós é fundamentalmente manter viva a criança espontânea e eternamente atenta e interessada em tudo aquilo que a rodeia; é saber que, quando somos novos, tudo pode ser uma alavanca para o vir ao mundo daquilo que há em nós.
nesta história temos sempre duas possibilidades: achar que somos nós os autores das ideias que encontramos na nossa cabeça; ou, por outro lado, mantermo-nos sempre receptivos para que a nossa cabeça, como boa antena colectora de ideias, seja confortável o suficiente para que elas se amiguem de lá pousar. Pelo sim pelo não, vou mais por deixar a cabeça suficientemente livre e vazia de qualquer pensamento para que eles nunca se incomodem de lá parar para ganhar força e seguir adiante.
8 comentários:
...concordo. E este ano tenho pensado muito nisso - o Natal está a deixar de me dizer o que até há pouco tempo dizia...não sei se vai passar a ser "mais um dia", se vai passar a ser "todos os dias"...
A bem dizer, o Natal, exactamente como o dia do ano novo; exactamente ainda como o dia do aniversário; são todos eles dias como quaisquer outros: únicos em toda a sua potência criadora. Não devemos dar-lhes maior ou menor importância lá por causa disso; simplesmente o que acontece é que há esta noção ritualística de celebrar o tempo para refundar a parcela do sagrado que há em nós. O Natal, como o próprio nome indica, é a celebração do nascimento; e todos os dias deviam ser o dia em que algo de novo nasce em nós e de nós ao mundo. Isso é que é o verdadeiro Natal.
"...todos os dias deviam ser o dia em que algo de novo nasce em nós e de nós ao mundo. Isso é que é o verdadeiro Natal."
Concordo plenamente, mas até o interiorizar demora tanto tempo!! No entanto a intenção (e a vontade) está lá. É o que interessa.
Espero que tenhas tido um bom Natal :)
ai filho, isso é que não! era uma overdose de rabanadas! e o michael bolton a cantar a silent night a cada esquina? não dá, não dá... ;)
Izzi,
Não há nada mais subjectivo que o tempo - até podíamos dizer, com Einstein, que não há nada mais relativo. Depende inexoravelmente do observador que observa o fenómeno. Por outro lado, não devemos querer reduzir algo complexo a algo simples: há sempre um desvirtuamento que se dá, como na tradução de um livro para uma língua diferente. Felizmente a intenção, essa vontade, é que sempre guia o mundo. Oxalá ela guie mais Natais pelos tempos afora.
Bom Natal :)
lolol... Joana, mas isso é precisamente aquilo que o Natal não é! Só temos de ter cuidado e separar o Natal consumista e comercial do verdadeiro Natal. Et voilà!
Quando andava no 5º ano do ciclo li um poema que tinha uma estrofe que era qqualquer coisa como isto: "E se todos os dias fosse natal..."
A ideia é velha... Cliché aprazível...
A frase pode estar gasta, mas o alcance do seu mais alto significado é que já não... o objectivo do Natal, do verdadeiro Natal, do Natal que significa nascimento, é honrar, ao mesmo tempo, aquilo que há em nós de deus e aquilo que há em nós de menino; e só quando correspondemos uma coisa à outra é que lá chegamos. Manter viva a divindade que há em nós é fundamentalmente manter viva a criança espontânea e eternamente atenta e interessada em tudo aquilo que a rodeia; é saber que, quando somos novos, tudo pode ser uma alavanca para o vir ao mundo daquilo que há em nós.
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