Finalmente começam as pessoas a abrir os olhos para as questões verdadeiramente importantes. Finalmente são dados passos para uma pedagogia científica centrada na História da Ciência! Uma agradável surpresa da Culturgest. Só é pena não terem arranjado um título mais interessante e inteligente: mais importante do que não nos esquecermos é termos compreendido o que aprendemos. Se de facto aprendemos alguma coisa, então é impossível esquecê-lo.
CONFERÊNCIA: Para que a gente nunca se esqueça de tudo o que aprendeu na escola
http://www.culturgest.pt/actual/para_a_gente.html
É já oficial, ao ponto de estar a ser estudado por especialistas de oito países europeus, em que se inclui Portugal: tal como está, o ensino secundário não consegue dar preparação científica aos alunos. Em grande medida, isto acontece porque os acontecimentos oferecidos não são postos em contexto, cobrem demasiados temas sem esforço de ligação entre eles, aparecem perante os alunos numa grande desorganização reforçada por desenhos, bandas desenhadas, fotos, diagramas, todos obviamente bem intencionados mas com tendência para criar ainda maior dispersão. Em consequência, os alunos acabam por decorar blocos de matéria para os testes, e tratam de esquecer-se dela logo a seguir. Sem a devida contextualização, o conhecimento não se fixa no cérebro. Ainda por cima, cria-se desde cedo o mau hábito de deixá-lo passar transitoriamente.No fim-de-semana de 20 a 22 de Junho, o CEHFC (Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência) propõe a reunião na Culturgest de cientistas portugueses de várias áreas ligadas à educação para discutir a situação presente. Pretende-se, entre outros aspectos, analisar seriamente os benefícios da introdução da História da Ciência nos currículos, não como um bonequinho exterior ao texto mas como um fio de Ariana no labirinto, que servirá de superstrutura para tornar o ensino da ciência mais proveitoso e maximizar os seus resultados. E para que o que se aprende não se desvaneça no dia seguinte ao teste.
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