O próximo projecto a concluir será o de traduzir e adaptar à cultura lusófona o romance de Lewis Carroll Alice's Adventures in Wonderland para a linguagem dramática. Claro que o principal objectivo de tudo isto é, obviamente, a encenação. Vamos ver o destino nos reserva...
Um pequeno excerto:
ALICE - Pode dizer-me, por favor, para que lado devia ir daqui em diante?
GATO DE CHAVES – Isso depende em muito do sítio onde queres chegar.
ALICE – Não me importo muito com isso.
GATO DE CHAVES – Então não te importa o sítio que escolhas.
ALICE (acrescenta) – … desde que eu chegue a algum sítio (frisa o “algum sítio”).
GATO DE CHAVES – Oh, de certeza que sim, se caminhares o suficiente.
Alice sente que tal não pode ser negado, e assim ela tenta outra pergunta.
ALICE – Que tipo de pessoas vivem aqui?
GATO DE CHAVES – Naquela direcção (o Gato aponta para a direita) vive um Chapeleiro: e naquela direcção (o Gato aponta para a esquerda) vive a Lebre Marciana. Visita qualquer um deles: são os dois malucos.
ALICE – Mas eu não quero ir para o meio de gente maluca.
GATO DE CHAVES – Oh, não podes evitar isso, aqui nós somos todos malucos. Eu sou maluco. Tu és maluca.
ALICE – Como é que sabes que eu sou maluca?
GATO DE CHAVES – Tens de ser, ou não terias vindo aqui.
Alice no País das Maravilhas (inédito)
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
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