quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Fedem

Fedem as Academias, as Universidades, as Escolas, as Bibliotecas,
Fedem as Câmaras Municipais e as Assembleias e os Conselhos,
não há nada que neste mundo não feda.

Por outro lado, o que é preciso é um bom Fedro,
que caminhe certeiro como Platão
pelos vales de Sócrates
e pelos cumes de Pitágoras.

Olhem que entre eu fedo e eu, Fedro, vai uma letra só.
E também entre eu fodo e eu fedo.


Propõe-se então:

1) Fodam-se os fedantes
2) Fedam-se fora os Fedros

(e mais importante que tudo isto:)

3) Fedrem-se todos os que fodem.

A conclusão natural e de suprema ilogicidade lógica - dir-se-ia patafisicamente absurda, abusadora de todas as consciências, domesticadora de todas as censuras e de todos os suspensórios, libertadora das amarras inconscientes que vivem na ilusão:

Vamos levar o Amor ao mundo.
Vamos levar o Amor ao fundo.
Vamos levar o Amor ao Fedro.
Vamos levar o Amor ao fedrante.
Vamos fedrar de Amor até ao fundo do mundo.
Vamos.

2 comentários:

Pipeta disse...

pretensão deliciosa, Daniel, verdadeiramente deliciosa!
clap! clap! clap!

Daniel disse...

1 - Só se cria afirmando.
2 - A melhor maneira de afirmar é fazer aforismos.
3 - Quem só afirma é profundamente pretensioso.

Logo, todo o verdadeiro criador é pretensioso.