é aí que morremos. A morte do nosso ego dá lugar a uma consciência universal, e é a percepção dessa consciência que nos leva a seguir o impulso do momento - e a viver realmente, a aproveitar cada momento. Quer-me parecer que um dos sentimentos que primeiro afloram à pele tem alguma coisa de comum à descrição libertina dum Luiz Pacheco e à simples contemplação do mundo como a do senhor Palomar, do nosso amigo Italo Calvino. Depois, talvez se cumpra melhor numa atitude pedagógica dum Agostinho da Silva. Seja como for, parece que quem ganha sempre - e se calhar é mesmo assim que tem de ser - é o inconsciente. Talvez o melhor conselho que possamos dar a alguém é: surrealiza-te.
(por isso é que o teatro de vanguarda é hoje o que explora o inconsciente.)
nesta história temos sempre duas possibilidades: achar que somos nós os autores das ideias que encontramos na nossa cabeça; ou, por outro lado, mantermo-nos sempre receptivos para que a nossa cabeça, como boa antena colectora de ideias, seja confortável o suficiente para que elas se amiguem de lá pousar. Pelo sim pelo não, vou mais por deixar a cabeça suficientemente livre e vazia de qualquer pensamento para que eles nunca se incomodem de lá parar para ganhar força e seguir adiante.
2 comentários:
E tão bom que é quando nem sequer queremos saber...
t
é aí que morremos. A morte do nosso ego dá lugar a uma consciência universal, e é a percepção dessa consciência que nos leva a seguir o impulso do momento - e a viver realmente, a aproveitar cada momento. Quer-me parecer que um dos sentimentos que primeiro afloram à pele tem alguma coisa de comum à descrição libertina dum Luiz Pacheco e à simples contemplação do mundo como a do senhor Palomar, do nosso amigo Italo Calvino. Depois, talvez se cumpra melhor numa atitude pedagógica dum Agostinho da Silva. Seja como for, parece que quem ganha sempre - e se calhar é mesmo assim que tem de ser - é o inconsciente. Talvez o melhor conselho que possamos dar a alguém é: surrealiza-te.
(por isso é que o teatro de vanguarda é hoje o que explora o inconsciente.)
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