Qual é a maior virtude de um cientista? Sem qualquer dúvida, a de poder inferir o processo a partir do padrão, a de conseguir chegar ao racional a partir do fenómeno, a de conseguir despir do observado a sua capa contigente ou transitória e dar apenas importância àquilo que é eterno e mental. É por isso que nenhum outro ofício me atrai como a aventura - porque é de verdadeira aventura que se trata - científica. A nós, que nos foi dado, voluntária ou involuntariamente, este mundo para viver, não consigo pensar em tarefa mais elevada com que entreter os nossos dias terrestres do que o tentar perceber como o universo funciona através da pesquisa dos fenómenos que pertecem apenas ao nosso mundo. E, para podermos fazer esse salto, (se houver cépticos que não acreditem nessa humana possibilidade), temos forçosamente que validar o princípio hermético que nos diz que as leis que governam o macrocosmos são as mesmas que as leis que governam o microcosmos.
No caso desta ciência que é a nossa, ainda não obtivemos dados suficientes para poder validar este princípio basilar e fundamental. Mas pode ser que a ciência que os homens do futuro terão seja uma ciência muito mais desenvolvida, e portanto capaz de validar objectivamente, não sem antes dedicar muito tempo a novas análises, todos os ancestrais princípios que, da forma mais velada à população, puderam incorporar as filosofias mais profundas.
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