quarta-feira, 29 de abril de 2009

se vivêssemos num mundo ideal, tudo faria sentido e tudo teria razão de existir - tudo teria valor pelo simples facto de ser algo único. Como, pelo menos por enquanto, não vivemos num mundo assim, então a única coisa que faz sentido é aquilo que nos permite fazer com que caminhemos mais depressa até esse mundo ideal, whatever the cost. Está aqui justificada a necessidade do sacrifício pessoal em prol de um bem maior, de uma finalidade transcendida. É bom ter sempre presentes as noções que a moral kantiana injectou na nossa cultura, mas não menos importante é compreender que só poderemos chegar a um ponto em que essa moral perfeita exista em todos aplicando, no mundo em que vivemos, noções utilitaristas. Parece mesmo não existir outra maneira de conseguir levar o mundo ao único e verdadeiro mundo.
ninguém compreende verdadeiramente Kafka sem ter antes entrado no mundo do trabalho.

terça-feira, 28 de abril de 2009

ah, esse incontornável mundo novo em que vivemos...

sábado, 11 de abril de 2009

só existe arte a partir do momento em que existe um conceito de arte.

a partir do momento em que deixou de existir um conceito de arte, tudo pôde ser considerado arte.

a partir do momento em que tudo é considerado arte, deixa de haver distinção entre o que é lixo e o que é arte.

a partir do momento em que tudo é considerado arte, nada é arte.

hoje vivemos num mundo em que tudo é considerado arte, mesmo aquilo que não é arte.

a única maneira de sairmos deste impasse é trazer novas formas de arte para a arte.

talvez a última barreira artística seja a barreira entre arte e ciência.

quando a última barreira artística for quebrada, não haverá distinção entre arte e qualquer outra coisa.
to have such a priviledge like Oscar Wilde's success in reaching other people - despite what adversities may come - remains to me one of the most comforting feelings a man can have in his life.
estou-me a cagar para o sucesso, o que quero é tocar as pessoas.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

não há nenhum mal em arranjar um emprego por cunha, contanto que seja por mérito.
hoje em dia não se encontram empregos, arranjam-se cunhas.
o futuro é completamente imprevisível.