quarta-feira, 24 de setembro de 2008

a maior grandeza da vida
não é confundir os outros;
está somente em se con-fundir a si mesmo,
fundindo conjuntamente o sério
e o sonho.

por isso falo sério as coisas brincando
e brinco sérias verdades de outro tanto.

4 comentários:

ricardo disse...

:)

Klatuu o embuçado disse...

Só posso elogiar a lucidez dos teus comentários no blogue da Nova Águia... no entanto deixo-te uma advertência: aquilo está envenenado desde sempre e tão depressa não vai a lado nenhum. É gerido por uma cambada de cretinos, salvo excepções, e dedicar tempo a aquele espaço é um desperdício de inteligência! Não tarda tens uns quantos gajos, com idade para ter juízo mas sem, a insultar-te com ironias de meia-tijela. Do Agostinho sabem pregos. Eu conheci-o pessoalmente e posso garantir-te que, caso ainda estivesse vivo, só daria uma gargalhada com aquela merda!

Daniel disse...

Caríssimo Klatuu,

Podemos esperar sentados pelo aparecimento do Agostinho do século XXI porque ali na Nova Águia, se as coisas continuam do jeito que estão sendo, nunca há-de ele aparecer. É grande o meu pesar porque justamente a pessoa que me parece mais capacitada para levar o espírito do nosso Agostinho avante, a Celeste Natário, mal fala ali (e quem sabe o que isso quer dizer?...). Não digo isto do alto, ou da boca para fora; digo-o porque já os vi aos três, e só nela reconheço energia que se possa aproximar à de um Agostinho. Aliás, pouco ou nada participei no blogue exactamente para ver que rumo iria tomar este projecto que parecia tão interessante. E já tive a oportunidade de ver que o espírito que anima os organizadores é o melhor; mas nós temos de estar muito atentos é à prática, ao cumprimento prático de um plano teórico e ideal com o qual toda a gente concorda: o cumprimento do potencial humano de cada um. Essa é que era a verdadeira mestria do nosso Agostinho: não só entendia o abstracto, mas preocupava-se muito com a aplicação concreta do plano, que é aliás a parte mais difícil - e a que me dá mais volta à cabeça. Apesar disso, ainda pertenço à Nova Águia. E como me pareces uma pessoa inteligente até te vou explicar porquê: não sendo a melhor coisa que já aconteceu no mundo (como por vezes a querem pintar), a Nova Águia tem a sua função: preparar as mentes para o debate e para os grandes desenvolvimentos que ainda hão-de surgir nesta vida. É claro que a Nova Águia, nos moldes em que agora se encontra, nunca irá fazer mais do que dar cultura a quem já a tem (o que é completamente o oposto daquilo que temos de fazer); contudo, também ela irá ter a sua função, mesmo que seja menor. Quanto a comentários irreflectidos, o que te tenho a dizer é que nem os leio, passo à frente. Nem quero saber dessas ninharias - quando o que está em jogo é o futuro de Portugal e, portanto, da humanidade. Mas, enfim, gosto de, por vezes, clarificar alguns aspectos que as pessoas confundem por não os ver claramente. A Nova Águia não pode ser uma revista de bonitos poemitos e divagações filosóficas completamente alheadas de sentido prático. Mas, se para aí for tragada, há-de morrer como as outras: é tão simples quanto isso. O problema, parece-me, está na frouxidão com que os dirigentes tomaram o processo. Aquilo devia ser um blogue para apresentar propostas práticas, não poemas ou outras merdas que não nos aproximam em nada do Ideal, se Ideal existe... Se há quem se queixe da suposta censura que ali há, eu queixo-me exactamente é da pouca censura que ali se pratica...

Bom, ainda hei-de escrever para lá qualquer coisa a ver o que me respondem - vai ser a primeira e última tentativa para ver se há ali gente verdadeiramente inteligente e lúcida. Por agora gostava de saber mais sobre o que foi para ti conhecer o Agostinho, como é que o vias, o que conversaste com ele...

...e também queria pedir-te outra coisa: gostava de saber onde está publicada aquela passagem do Pessoa (do teu blog) do post pensamento gótico da noite - 20. É que essa passagem só vem corroborar uma ideia que cá tenho de que Pessoa arranjou os heterónimos para instruir as pessoas a serem melhores e para que, consoante a linguagem de cada um, elas pudessem escolher o heterónimo que melhor casasse com elas e assim atingir a mensagem do Pessoa, que era só uma. Estou a tentar pôr isso por escrito, vamos a ver se consigo. De resto, um muito obrigado pelas tuas palavras. Não há conversa nenhuma que substitua a acção individual e prática.

Klatuu o embuçado disse...

A Nova Águia é apenas uma revista e, por enquanto, um embrião, talvez ainda venha a cumprir o ideal de dar corpo a uma Novíssima Renascença Portuguesa, talvez.

O MIL, enquanto for conduzido por aquele lobby de budistas intolerantes, com o Paulo Borges à frente, armado em avatar do buda, nunca irá a lado nenhum.

O blogue está um nojo, nem sei se vale a pena ainda perder tempo com aquilo, mas não te quero influenciar. Só esta semana já saíram 4 pessoas, e conheço mais que o farão em breve e muitos que se calaram.

O Agostinho era apenas um homem, inteligente e culto, mas apenas um homem, era irónico, sarcástico - mas há quem queira fazer dele um mito cretino de um santinho qualquer. É ridículo!

A passagem é de «O Livro do Desassossego». O Pessoa ergueu os heterónimos por razões esotéricas, constituiram formas de se multiplicar, um veículo iniciático. Lê «Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética» de Yvette Centeno

A Celeste Natário, segundo me disse o Renato Epifânio, está com problemas de saúde graves.

Abraço!