segunda-feira, 30 de março de 2009

vivo na época certa, mas no momento errado.

segunda-feira, 23 de março de 2009

fazer arte pela própria arte e não por um objectivo muito maior é como ter gozo em masturbar-se para sentir melhor o amor.
os pivots de televisão dariam todos maus poetas porque parece estar neles ausente aquela música cadenciada de um discurso em perfeita divisão métrica. O que é ainda mais caricato é que os actores que se emprestam a um poema também se esforçam continuamente por deturpar o seu sentido nas dissonâncias em que afogam os poemas que dizem.

-Os poemas não são para serem ditos. Os poemas são para serem interpretados.
-O poema é uma encenação, o poema é todo um teatro à espera de ser representado.
-O actor é o único que é capaz de dar vida ao poema.
-A interpretação de um poema deve existir para melhor dar a conhecer o seu sentido ou os seus múltiplos sentidos a quem o lê e o escuta.
-A melhor maneira de tornar um poema inteligível é respeitar a métrica intrínseca ao próprio poema e quase nunca o espaço que separa um verso de outro.
é impossível perder a consciência da vida uma vez que ela tenha despertado em nós.

domingo, 22 de março de 2009

a minha intuição diz-me vezes sem conta que a vida não pode ser só isto.

my mind tells me over and over that life cannot be only this.
o que é preciso não é acabar com as élites. O que é preciso é fazer com que as élites se expandam até incluirem toda a gente.
como é que é possível que alguém se sinta bem a expressar as criações da sua imaginação quando há tanta gente que não o pode fazer por viver na miséria?!

sábado, 21 de março de 2009

Se o que nos interessa é a evolução da humanidade, então as obras mais elevadas são aquelas que têm a maior dimensão pedagógica - c'est à dire, aquelas que verificam as três características da obra de criação anarquista. Se o que nos interessa é a expressão do potencial criativo e individual, então as obras mais elevadas são aquelas onde mais (em extensão e profundidade) e melhor (da forma mais clara e fiel) esse potencial criativo é concretizado. Se o que nos interessa é a qualidade artística, então as obras mais elevadas são aquelas onde o artista mais se aproxima do seu conceito de beleza. Se o que nos interessa é a originalidade artística, então as obras mais elevadas são aquelas onde o artista rompe mais com os paradigmas estéticos vigentes. O importante é que se defina primeiro qual o critério ou qual o objectivo que preside à criação de uma obra - só a partir daí é que é possível analisá-la.
O que me realmente interessa numa obra não é a sua mensagem; é apenas a sua proximidade ao ideal anarquista. Expressar o potencial criativo em plena liberdade pode ser um ideal elevado, mas muito mais elevado é o ideal de procurar, com uma obra, indicar um caminho prático que outros possam seguir para também se libertarem e expressarem as suas criações em liberdade. Portanto, o que mais me interessa numa obra é a sua dimensão pedagógica.
A economia capitalista que tão bem conhecemos encontra-se à beira de um colapso. Como ela foi globalizada, o colapso será global. Que a economia capitalista em que nos encontramos iria mais tarde ou mais cedo colapsar, isso já sabíamos. Agora, o que realmente se ignora é que o desabamento da economia virá como a ocasião perfeita para finalmente instaurarem uma Nova Ordem Social - que é um nome pomposo para apresentar uma neo-ditadura da forma mais agradável e inofensiva. Estamos lentamente a resvalar para uma nova forma de escravidão, que é a anestesia colectiva. A anestesia colectiva é aquilo que se consegue quando ao culto de imediato e da produtividade se juntam instituições-fachada para dar a aparência de que a ordem é benéfica para a evolução da humanidade, técnicas de marketing e estratégias publicitárias para injectar ideias que poluem a mente das pessoas e as impedem de pensar, meios de comunicação cuja principal função é causar sensacionalismos e asfixiar o cérebro das pessoas com informação perfeitamente irrelevante, inútil e, em muitos casos, errada; e ainda um sistema educativo alienante onde se premeia a reprodução exacta de objectos artificiais em vez da expressão individual da criatividade de cada um. Se vier a existir algum fim para o mundo que conhecemos, será este.
o estranho não é que o mundo se encontre à beira do colapso económico, o estranho é que ninguém note nisso.

sexta-feira, 20 de março de 2009

por mais que tentem vai ser sempre impossível vergar-me a capitalismos mal-fundamentados e escravidões desumanas.

domingo, 15 de março de 2009

extraordinary












avé Alan Moore - that's all I can say...

quarta-feira, 11 de março de 2009

quem é que, no seu perfeito juízo, se vai instruir nas artes da representação para depois ganhar a vida a fazer telenovelas?!

terça-feira, 10 de março de 2009

a poesia não me interessa para nada se não conseguir encontrar um pouco mais de sentido neste mundo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

a vida moderna que todos nós levamos arrasta-nos para o trabalho e afasta-nos do lazer. Uma das maiores conquistas do homem foi, sem sombra de dúvida, a existência do tempo livre - um tempo em que cada um pode fazer aquilo que mais lhe apetecer. Agora, tudo isso resvala e ameaça ficar soterrado pela voracidade do Progresso e da Ciência, em nome do Capitalismo e da Produtividade. É por isso que aqui se firma e reafirma:

O TRABALHO É MALÉFICO
O TRABALHO CORRÓI O SER
O TRABALHO TEM DE SER BANIDO DA HUMANIDADE
SÓ TRABALHA QUEM NÃO TEM DINHEIRO PARA NÃO TRABALHAR
NINGUÉM NO SEU PERFEITO JUÍZO TEM AMOR AO TRABALHO
O TRABALHO É A EXPLORAÇÃO QUE A GANÂNCIA FAZ À IGNORÂNCIA
A GANÂNCIA É A FORMA MAIS MESQUINHA DE IGNORÂNCIA QUE EXISTE
A IGNORÂNCIA É UMA DEFORMIDADE CULTURAL DO HOMEM INFERIOR
O OBJECTIVO DA HUMANIDADE É DESTRUIR A IGNORÂNCIA

domingo, 8 de março de 2009

odeioodeioodeio todo o trabalho imposto.

domingo, 1 de março de 2009

Breve lista de pessoas que detestaram a educação que os obrigaram a ter

- Agostinho da Silva
- Alexander Fleming
- Carl von Linné
- Charles Darwin
- Fernando Pessoa
- Hermann Hesse
- Louis Pasteur
- Luiz Pacheco
- Pablo Picasso

(em constante e crescente actualização)

the best cartoon ever