segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
a diferença essencial
arte inferior
- objecto cujo génio não vai para além do prazer estético (intelectual) que desperta no observador
arte superior
- objecto que, para além de despertar um prazer estético (intelectual) no observador, está imbuído de uma mensagem que é essencial compreender.
- arte que não é apenas bela nas formas e proporções em que assenta, tendo ainda, e para além delas, uma ou várias dimensões semânticas
- objecto que é representação material de uma dimensão puramente intelectual e abstracta
- objecto cujo génio não vai para além do prazer estético (intelectual) que desperta no observador
arte superior
- objecto que, para além de despertar um prazer estético (intelectual) no observador, está imbuído de uma mensagem que é essencial compreender.
- arte que não é apenas bela nas formas e proporções em que assenta, tendo ainda, e para além delas, uma ou várias dimensões semânticas
- objecto que é representação material de uma dimensão puramente intelectual e abstracta
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
uma das maiores provas de que o universo é infinito na sua criatividade é a de que, embora usando sempre as mesmas notas da escala, tanto homem tem composto, ao longo dos tempos, músicas tão fascinantes e, ao mesmo tempo, tão diferentes entre si que é impossível continuar crendo que todas elas possam ser explicadas somente por uma maior ou menor contracção de massas de ar que passam por esta ou aquela abertura.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Porque terá a música esta capacidade incrível de tão facilmente nos transportar para um outro mundo de sons e sentimentos? Só pode haver uma resposta: a nossa sensibilidade tem de ter a mesma natureza vibratória da música: só assim é possível que tão facilmente as duas naturezas se fundam e se concentrem, influenciando-se uma à outra de uma forma tão íntima. A alma, como os planetas de Pitágoras, na sua harmonia celeste, tem uma natureza essencialmente vibratória; é a vibração pura que vai preenchendo a totalidade sem nome. A carne é muito pouco influenciável pela música porque a sua natureza estática não permite que as partículas elementares que a compõe possam adaptar a sua vibração interior aos modos de vibração exteriores. As ligações entre os átomos da matéria são demasiado fortes, e só quando são quebradas podem as partículas, agora plenamente individualizadas e únicas em si mesmas, revelar a sua originalidade pela reacção aos tons vibratórios que lhes chegam do exterior. A alma é, na sua essência, uma música celeste que ecoa pelo universo.
dou por mim a pensar que a lei de malthus da sensibilidade já não se aplica em mim. Os estímulos daquilo que vai na inteligência seguem uma proporção geométrica, mas a própria inteligência não evolui segundo progressões aritméticas. Agora, desmultiplicando-se, ela potencia-se em expoente par; o que sempre atrasa o ritmo, o passo limitante desta equação, é a concretização no plano físico, no domínio da acção, dessa força em potência. Acresce a este facto o pouco tempo que a custo nos concedem, nesta sociedade produtora e capitalista em que vivemos, para delinear o projecto daquilo que um dia havemos de construir. Que solução poderá haver para este difícil caso? Só surge uma em vista, e não sem antes ponderar bastante: o recolhimento interior, o cultivo do silêncio, o afastamento de qualquer espécie de contacto com os outros homens; todas estas maneiras de ser sozinho, para além da desmultiplicação exponencial, é que permitem viver uma vida cheia e plena. Por cada hora que vivemos sozinhos, vivemos um dia a mais na vida; por cada hora que nos privamos do contacto com o lugar mais profundo do nosso ser, desperdiçamos semanas de contemplação descobridora. As pessoas deviam passar mais tempo a sós consigo.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
quando encontro uma pessoa verdadeiramente interessante dou por mim a amá-la sem poder fazer qualquer coisa para evitá-lo. O estado do amoroso é algo verdadeiramente incontrolável e insaciável. O desejo erótico apodera-se de mim, e, levando-me até aos êxtases da loucura, impele-me à união com esse ser desconhecido e deslumbrante que me fascina por completo. Só nessas alturas é que o corpo acorda, a lembrar o espírito: a união é puramente mental, e enquanto tivermos este corpo viveremos sempre desassossegados na nossa solidão material. Só quando um dia pudermos ser deuses vivos, e sentir tudo de todas as maneiras; só quando pudermos ser e não ser, ao mesmo tempo, tudo quanto existe e não existe, conheceremos finalmente o nosso lugar no universo. Até lá vamos treinando duramente, e apesar das fronteiras do físico, essa união total: nunca se sabe quando poderemos atingir esse superior nível de consciência. Talvez não precisemos de muito para que se abram asas do interior de nós.
o Natal já não existe
se o Natal surge agora dois meses mais cedo e o Inverno dois meses mais tarde, como é que querem que as pessoas associem ao Natal o espírito natalício?
domingo, 7 de dezembro de 2008
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