quinta-feira, 3 de maio de 2007

poema de trem

jorram poemas das mãos e dos pés
dos pés e das mãos e das mãos e cabeça
sentir todo o corpo é que sente a presa
a soltura dos ventos dos ares os bonés

depressa eu corro e ando e marcho
seguindo o meu curso ao cume apertado
mas eu sinto e eu sofro e eu amo e eu parto
só neste buraco dizendo eu acho

torço a cabeça o pescoço e nasço
dizendo a desdita a sorte marcada
é que fogem e prendem e matam a vida

mas aperto apertado o buraco no traço
juntando abraço regaço à entrada
e sinto e rio e amo e vivo e meto e cresço na vida

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