domingo, 9 de novembro de 2008

deve-se experimentar tudo pelo menos uma vez na vida, mas apenas até se saber o sabor que cada coisa tem. Quem se prende ao sabor de algo, qualquer que seja a natureza desse algo, ganha um novo vício e esquece todos os sabores que aprendeu, perdendo ainda todos aqueles que poderia aprender e com os quais poderia ter tanto a ganhar.

5 comentários:

Jubylee disse...

interessante pensamento...

Daniel disse...

de facto, como dizia Pessoa e tanto defendia Freud, os homens não são seres racionais: apenas têm momentary lapses of reason. E não é isso que nos faz saber mais; na verdade, é isso que nos faz saber menos do que os outros animais.

Jubylee disse...

:)
às vezes quanto mais conheço sobre os restantes animais esse pensamente ocorre-me. Nós próprios, sem a bagagem física que construímos à nossa volta somos muito pouco inteligentes (e isso nota-se no desequilíbrio que provocamos no ecossistema em que vivemos...).

Daniel disse...

Um gato sabe ser gato sem lhe perguntarem o que é ser gato (ou talvez mesmo sem precisar de se perguntar sobre o que é ser gato). Nós é que andamos sempre desassossegados e frustrados porque não conseguimos isto ou aquilo, não compreendemos isto ou aquilo... De facto, parece ser pela matéria que o espírito se cumpre - e não podemos ver razão mais elevada para que haja importância naquilo que é material. Mas, enfim, ainda que tenhamos conseguido tantas atrocidades com a tecnologia que criámos, é pelo desenvolvimento dessa mesma tecnologia que podemos criar muito mais rapidamente obras sublimes e infinitamente belas. É que o mal não está na tecnologia, está na aplicação que se lhe dá em cada contexto.

Jubylee disse...

tens razão