quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

o mais importante no mundo é não pensar.

o mais importante no mundo é não pensar, é despojar-se de todos os pensamentos que nos obrigam a pensar a toda a hora, é parar simplesmente.

1 - o homem não vive de pensamentos, vive de ideias.
2 - as ideias surgem na mente do homem.
3 - tanto quanto sabemos, as ideias apenas surgem na mente do homem; desconhecemos por completo qual a sua verdadeira origem

Entenda-se então que:

1 - Lá por passarem ideias pela nossa cabeça não nos sintamos obrigados a pensá-las.
2 - E olhem que se as ideias quisessem ser pensadas não eram ideias, eram pensamentos.
3 - A única função de uma ideia é cumprir-se, é fazer-se. Se não se cumpre, morre ou voa para outro sítio.

Faça-se ainda a distinção clara entre ideia e pensamento, para que não se entre em confusão:

1 - Diz-se IDEIA todo e qualquer assomo de creatividade que surge instantaneamente na cabeça de cada um.
2 - Diz-se PENSAMENTO todo e qualquer assomo de racionalização, intelectualização ou análise de sensação que se sentiu (incluindo a sensação de uma IDEIA), e que resulta de uma deformação dessa IDEIA para que melhor possa ser compreendida pelo nosso limitado entendimento.

2 comentários:

Anónimo disse...

como já dizia o Almada "A Inteligência é o meu cancro
eu sinto-A na cabeça com falta de ar!
A Inteligência é a febre da Humanidade
e ninguém a sabe regular!"

Daniel disse...

A Inteligência é o cancro da Humanidade. Porque a Inteligência é a ganância do saber. Foi por isso que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso onde poderiam viver pela eternidade. De resto, que nada sabemos, só podemos ter reminescências (anamnesis). Excelentes são os seus blogues, e especialmente aqueles que mostram os Poetas António Quadros e Fernanda de Castro. Olhe que há muita gente, e eu estou neles incluído, que não conhece as pérolas, as verdadeiras jóias da cultura portuguesa. A verdade é que quanto mais descubro sobre a cultura nacional mais ela me parece estar mais elevada e mais distante das outras culturas, tão facilmente capitalizáveis. E agora vem outra proposta: já que esgrime tão bem a pena desses dois outros, porque não parir ou ajudar a parir mais blogues de verdadeiros Poetas lusos?

Um abraço