quinta-feira, 15 de maio de 2008

os primeiros 1001

Bem, segundo o que me indica aqui o site do blogspot, no qual ainda confio até um certo ponto, esta entrada do blogue vai ser a 1001ª. Não é meu interesse estar a comemorar efemérides bacocas, ou construir altares a este ou àquele. Ainda assim, não posso deixar de me espantar com o facto de ter realmente conseguido escrever mais de mil textos, ou publicado imagens magníficas de sítios que me despertaram a atenção, ou até mesmo divulgando música que considero ser inspiradora. E o mais incrível não é isso, é o tê-lo feito quase que sem dar por isso em menos de um ano...

Na verdade, tudo isto são tretas sentimentalonas. O que quero com esta 1001ª entrada é agradecer a toda a gente que aqui veio e que ainda (ainda?) vem. Tive o cuidado de não publicitar este blogue ostensivamente - publicitar, que palavra mais horrível... - para poder mais facilmente garantir que quem aqui vinha fazia-o à sua própria conta e risco. Que aqueles que aqui vêm descobriram este recanto por mero acaso, porque alguém gostou de aqui estar e lhes falou nisso, porque resolveram ver quem era a pessoa que tinha escrito aquele comentário no seu blogue. Confesso que isso também se trata de um teste à própria capacidade da internet - e dos blogues, em particular - para reunir, para aproximar as pessoas. E depois, claro, as pessoas. Aquilo que faço aqui é simplesmente registar aquilo que me passa pela cabeça: trata-se este de um puro diário mental, tantas vezes omisso por imposições capitalistas que derivam do meu percurso profissional - umas quantas palavras caras para dizer que só não escrevo mais porque não tenho tempo! Mas a verdade é que me divirto imenso a escrever aquilo que me apetece. Se isso pode inspirar as pessoas, se isso pode ser uma alavanca, uma ajuda, uma sacudidela mental para que as pessoas possam ser - à conta do seu próprio esforço - melhores, se isso contribuir para a evolução da humanidade, tanto melhor. Reformulo: se isso contribuir para a evolução de cada um - que é a única coisa que na verdade existe -, então a minha tarefa, para além de ser incrivelmente deliciosa, é sublimemente grande e completa-se na própria vida que dá aos outros. Devo esclarecer melhor: escrever, faço-o porque não consigo impedir-me de escrever, é algo natural em mim, e a coisa mais natural que há no mundo é fazer aquilo que nos é natural; escrever coisas que permitem a evolução da humanidade é o meu principal objectivo, porque se não foi para isso que nós viemos ao mundo então para que foi?

4 comentários:

Nynuphar disse...

Para começar, parabéns pelos 1001 + qualquer coisa posts (lamento mas não andei a contá-los... =P) e depois que venham muitos mais...Continua a fazer o (bom) uso da palavra! ***

Daniel disse...

Desprende o teu surrealismo - é o único comentário de jeito que te posso fazer!

d

Cataclismo Cerebral disse...

Continua com a tua profusão de ideias, é um prazer ler o que escreves.

Abraço e parabéns

Daniel disse...

só tenho a contemplar o teu espírito de iniciativa, tão raro nos dias que correm. Também tu tens um óptimo blogue (já sinto saudades daquelas interessantíssimas sugestões televisivas com que nos brindavas), e isso é sobretudo porque escreves bem e com sentimento. Temos de combinar aí umas tertúlias a valer. Um grande abraço