sábado, 26 de dezembro de 2009
não deve pior maneira de ler filosofia que não seja lê-la em português. Há uma qualquer fragilidade narcísica entre as auto-proclamadas elites portuguesas que faz com que as traduções de textos de filosofia - mesmo daqueles que são simples - acabem por parecer um amontoado obtuso de palavras caras prontas a ser interpretadas apenas por extraterrestres que não têm ligação nenhuma com o que a vida é realmente, no dia-a-dia de cada um. A única conclusão verdadeiramente lógica que se pode retirar daqui é que nas auto-proclamadas elites não existe nenhum verdadeiro filósofo - no sentido original da palavra, tantas vezes esquecido. Aquele que ama o saber verdadeira e ardentemente não pode ter outro desejo senão o de tentar por todos os meios dar a conhecer a beleza da sua arte às pessoas que não a conhecem, para que todos a possam apreciar e chegar à conclusão de que é bela e relevante para o nosso mundo. Mas, claro está, quem veio a este mundo para ser doutor, não pode perder o seu tempo com ninharias destas, ou não fosse ele, por causa delas, perder o seu precioso emprego. Nunca aceitem ler filosofia que não seja clara; e, se o tiverem de fazer, leiam-na sempre em inglês.
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