segunda-feira, 28 de julho de 2008

o individualismo é uma extensão natural do desenvolvimento cultural da humanidade. O homem só pode ser plenamente o que é a sós, livre da influência que as ficções sociais exercem sobre ele no contexto social em que vive. O que é prejudicial é que só exista o individualismo. Mas o que nós temos que ver é que não há outra solução para que o potencial de cada um se cumpra senão passar pelo individualismo. Exactamente como defende Pessoa na sua obra O Banqueiro Anarquista, basta que o homem se situe num contexto colectivo para que se estabeleça uma subtil ditadura, mesmo que as intenções de cada um desses homens que formam o colectivo possam ser puras. Temos, portanto, que trabalhar incansavelmente para o avanço da humanidade a sós connosco, e procurando libertar-nos de toda e qualquer ficção social que possa atrasar o cumprimento da revolução anarquista.

Por outro lado, dadas as características da sociedade em que vivemos, os agrupamentos sociais poderiam ter muito mais força mobilizadora do que a força individual. Assim, propõe-se que as próximas revistas literárias que surjam no meio intelectual, ou qualquer outro mecanismo que tenha como ideal máximo a liberdade absoluta, sejam construídos pela única e exclusiva contribuição individual de cada um dos seus intervenientes. A união deve existir em espírito, não na prática. A única coisa que é realmente necessária para que a contribuição individual de cada um se possa fazer ouvir é que exista alguém honesto que colija, imprima e distribue os panfletos libertários. E quando nós falamos em congressos científicos já estamos a ter um vislumbre de uma situação que terá de ser mais bem cultivada no futuro.

2 comentários:

ricardo disse...

...não sei se concordo...

Daniel disse...

recomendo vivamente a leitura do conto filosófico do Pessoa O Banqueiro Anarquista. Ele até está disponível online, se procurares. Depois disso podes explicar aquilo em que não sabes se hás-de concordar.