quarta-feira, 9 de julho de 2008

Vladimir Bukovski já viveu no nosso futuro



Não posso deixar de mostrar o testemunho de alguém que sabe realmente do que fala: Vladimir Bukovski viveu na pele aquilo que a URSS conseguiu, e traça agora interessantes pontos de contacto entre as duas ideologias.

1- Tudo aquilo que pode degenerar ou decompôr-se parece fazê-lo.
2- Todas as acções que são na sua origem bem intencionadas podem ser deturpadas e aproveitadas para favorecer o benefício pessoal e egoísta à custa da liberdade de cada um.

A evolução da história é algo extremamente interessante. Ela parece funcionar por ciclos. Primeiro vem a paz entre os povos. Depois, alguém começa a ter ideias de poder e de mando e começa a restringir as liberdades. Mais tarde ou mais cedo, impõe-se a tirania. Restringem-se então todas as liberdades. Passamos a viver no medo. São cometidas as mais gritantes atrocidades. Forma-se um Imperador, que passa a governar um Império. O Império tenta anexar todos aqueles que o rodeiam. Tenta converter tudo aquilo que é diferente do Império em algo igual ao Império. O Império expande-se e conquista. O Império cresce desmesuradamente até não poder crescer mais. Como esse Império não tem base sólida, assim que pára de crescer toma consciência de que não tem capacidade para se auto-regular. O Império se desmorona, sempre pagando mais os que dele são prisioneiros. Formam-se grupos de oposição e estalam guerras por todo o lado. Até que, um dia, o Império morre. E depois recomeça outro governo de paz que desemboca noutro Império. Tem sido assim desde sempre. E pessoas lúcidas já começam a traçar correlações entre o Império Americano que hoje existe, que é o Império Capitalista, e o Império Romano. Na verdade, o Império Americano não é mais do que o desenvolvimento do Império Romano até a um nível tecnológico extremamente poderoso. E talvez se descubra, daqui a algum tempo, e se calhar nem tanto quanto isso, que a profecia bíblica de Daniel estava correcta, e que é este o único dos Quatro Grandes Impérios que falta ruir para dar origem ao Quinto e último, como tanta gente já previu e, sobretudo, tanto português já sonhou.

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