quarta-feira, 7 de março de 2007

quando era mais novo pensava tanto e de tanta forma diferente que me diziam ser demais. Então, quando percebi o que isso queria dizer, e deixei de fazer troça dessas coisas que de mim diziam, resolvi não pensar. Treinando-me a não pensar, pouco a pouco, fui vendo que, para além do pensamento, há todo um mundo de vacuidade, isto é, há todo um mundo de silêncio que fala ou de imobilização que se move, que existe dentro de nós. E não existindo apenas dentro d enós, existe também fora, e o espanto é quando reparamos que não há diferença nenhuma entre os dois, de tal forma que o silêncio é sempre um, e não há forma de distingui-lo, quer por palavras escritas, quer por sons vibrados - ele existe simplesmente sem se dizer ou escrever, mas fala pelo simples facto de existir, e é pelo existir que se faz ser, isto é, é pelo existir que é tão vivo como qualquer outra coisa que respire, ande ou fale.

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