sexta-feira, 6 de abril de 2007

fragmentos

não ser eu e ser tudo
e todos em toda a parte

matar esta sede para que possa beber
mais descansado

para que a água possa afluir
mais livre à minha boca

para que a voz possa soar de
dentro, não de fora

e o canto possa sair mais
descansado

devagarinho, de mansinho
jamais amestrado ou
amostrado ou admoestado

sei o caminho por dele estar
alheio

e caminho sempre sem ver
a direito

não tenho outro ser, só o andar

que me leva para não ver, que
me leva só para chegar

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