segunda-feira, 3 de março de 2008

Como escolher os filmes que vale a pena ter:

o único critério verdadeiramente interessante e válido para justificar a compra de um qualquer filme ou série consiste em escolher apenas os objectos de arte que, por mais vistos ou revistos que sejam, nunca percam em si o seu valor e em nós o nosso interesse. A única coisa pela qual vale a pena lutar é a perpetuação do espanto que surge no prazer em descobrir.


O único senão está no desconhecermos um objecto de arte e não sabermos se ele vale realmente a pena. Assim, propõe-se aqui que se procure primeiro conhecer o homem ou mulher que dá vida a esse objecto de cultura; se ele ou ela for realmente interessante, então será uma boa aposta comprar aquilo que ele produz como objecto de cultura.

E como também há excepções a essa regra, e aqui não nos referimos à comum fatalidade de um homem ser muito mais do que a sua obra, resolvam-se as dúvidas da seguinte maneira: consuma-se o que se tiver que consumir, de forma indiscriminada, ou à luz do que a nossa intuição ou sensibilidade nos dizem, ou até da sensibilidade daqueles que realmente a têm, e só depois então se proceda à compra.

Elevem-se os padrões de exigência.

Não queremos aqui mais matracas como o Saramago que dizem a mesma coisa over and over again nos seus romances: queremos a pura espontaneidade, a liberdade dum Luiz Pacheco, a imaginação dum Italo Calvino, o surrealismo dum Ionesco, a cagança dum Cesariny.

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