segunda-feira, 29 de outubro de 2007

sempre que oiçam a palavra nunca ou a palavra sempre, desconfiem duas vezes.

2 comentários:

SP disse...

Permita-me fazê-lo pensar duas vezes ao perguntar-lhe: Sem conhecer o futuro e se fosse obrigado a ter de escolher uma das respostas, escolheria: Para sempre ou para nunca mais?

Perdão pela invasão, sem o conhecer!

Daniel disse...

Na verdade, para responder à sua pergunta, tive que pensar quatro vezes (duas pelo sempre e duas pelo nunca). Parece-me que nem uma nem outra escolheria. Para sempre implicaria que só escolheria o que é eterno, e não há só coisas eternas no mundo. Para nunca mais implicaria que só escolheria o que é efémero, e não há só coisas efémeras no mundo. Não escolher nenhuma delas é, na verdade, escolher ambas, já que reconhecer que não há só coisas eternas ou coisas efémeras é reconhecer que existem ambas e, se ambas são preenchidas pela vida, então uma só não me deixaria contemplá-la como um todo. Por isso, na ausência de palavra, não de resposta, contemplo.

Cada invasão é sempre bem-vinda, sobretudo se feita com o intuito de conhecer - se nem sequer eu me conheço a mim mesmo como poderia esperar que a senhora me conhecesse?