Permita-me fazê-lo pensar duas vezes ao perguntar-lhe: Sem conhecer o futuro e se fosse obrigado a ter de escolher uma das respostas, escolheria: Para sempre ou para nunca mais?
Na verdade, para responder à sua pergunta, tive que pensar quatro vezes (duas pelo sempre e duas pelo nunca). Parece-me que nem uma nem outra escolheria. Para sempre implicaria que só escolheria o que é eterno, e não há só coisas eternas no mundo. Para nunca mais implicaria que só escolheria o que é efémero, e não há só coisas efémeras no mundo. Não escolher nenhuma delas é, na verdade, escolher ambas, já que reconhecer que não há só coisas eternas ou coisas efémeras é reconhecer que existem ambas e, se ambas são preenchidas pela vida, então uma só não me deixaria contemplá-la como um todo. Por isso, na ausência de palavra, não de resposta, contemplo.
Cada invasão é sempre bem-vinda, sobretudo se feita com o intuito de conhecer - se nem sequer eu me conheço a mim mesmo como poderia esperar que a senhora me conhecesse?
nesta história temos sempre duas possibilidades: achar que somos nós os autores das ideias que encontramos na nossa cabeça; ou, por outro lado, mantermo-nos sempre receptivos para que a nossa cabeça, como boa antena colectora de ideias, seja confortável o suficiente para que elas se amiguem de lá pousar. Pelo sim pelo não, vou mais por deixar a cabeça suficientemente livre e vazia de qualquer pensamento para que eles nunca se incomodem de lá parar para ganhar força e seguir adiante.
2 comentários:
Permita-me fazê-lo pensar duas vezes ao perguntar-lhe: Sem conhecer o futuro e se fosse obrigado a ter de escolher uma das respostas, escolheria: Para sempre ou para nunca mais?
Perdão pela invasão, sem o conhecer!
Na verdade, para responder à sua pergunta, tive que pensar quatro vezes (duas pelo sempre e duas pelo nunca). Parece-me que nem uma nem outra escolheria. Para sempre implicaria que só escolheria o que é eterno, e não há só coisas eternas no mundo. Para nunca mais implicaria que só escolheria o que é efémero, e não há só coisas efémeras no mundo. Não escolher nenhuma delas é, na verdade, escolher ambas, já que reconhecer que não há só coisas eternas ou coisas efémeras é reconhecer que existem ambas e, se ambas são preenchidas pela vida, então uma só não me deixaria contemplá-la como um todo. Por isso, na ausência de palavra, não de resposta, contemplo.
Cada invasão é sempre bem-vinda, sobretudo se feita com o intuito de conhecer - se nem sequer eu me conheço a mim mesmo como poderia esperar que a senhora me conhecesse?
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