quinta-feira, 27 de setembro de 2007

depois de ter estudado tanto
não sei senão nada
já que nada me diz
se longe vai a estrada
ou como voa a perdiz
mas talvez já saiba tudo
e de tanto esse tudo estudar
me esqueci que neste mundo
esse tudo é nada no ar:
a cabeça só, o sentir desnudo
talvez por isso me esteja a apagar
o saber monta a cavalo num burro
e o querer vai de burro a cavalar

mas sendo nomes que de tão diferentes
damos às faces das mesmas gentes
me dispo de novo
e de pele e osso
vou sorrindo aos novos crentes

4 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente, este poema, é mesmo mau.

Daniel disse...

meu amigo, antes de se poder chegar ao ouro pelo processo alquímico tem que se cagar toda a merda que exista dentro de nós. Daí todo este meu esforço. Saberei que cheguei a bom porto quando todos aqueles que por aqui passarem não disserem nada, já se sabe que em Portugal sobretudo, mas também em outros países, em Portugal porém com mais veemência dados todos os nossos atávicos recalcamentos, se fala exponencialmente do que é mau, e tanto assim ao ponto de se lhe construírem estátuas e pedestais, é que o elogio não cola, mesmo quando é merecido ou verdadeiro.

Pipeta disse...

não acho nada mau.
é o poema do finalista em época especial a ver os caloiros chegar.

mau mesmo mau é a merda que não se diz. faz gases no cérebro.

Daniel disse...

e não é que agora ficou tudo dito? Oxalá não nos faltem nunca pipetas para pipetar o que é preciso.