segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Vejo a vida a passar por mim,
Desfilando por entre os meus olhos
E eu olhando, apenas
Olhando, e olhando demoradamente
Como quem não sabe o que é o tempo
Como quem não tem medo do que esquece
Porque sabe que lembrar ou esquecer,
Tudo segue para o mesmo sítio
O final do tempo, o recolher da hora
É a hora de outro começo
Na outra ponta do mundo
Entre uma e outra adormeço
E mergulho nela por um sono profundo
Em que já não sei se sei, em que já não sei se esqueço
Apenas mergulho o meu corpo no mundo
E adormeço.

Sem comentários: