são tão belos, esses programas de televisão sobre adolescentes... neles tudo é claro, quem é bom e quem é mau, quem está na moda e quem o não está, o que é e o que não é...
Exactamente por isso não correspondem à verdade. Acredito que os adolescentes sejam muito mais do que aqueles simples arquétipos apresentados nesses programas. Estes divertem-se a reduzir os jovens à sua versão mais básica, encaixando-os em diversos estereótipos para dar a ilusão de uma suposta variedade e complexidade. O problema é que, ironicamente, o maniqueísmo presente nesses conteúdos torna a caracterização dos adolescentes infantil e convencional.
Eu, que me sinto adolescente (e oxalá me sinta assim por toda a vida), não me sinto retratado ali. É a prova de que quem escreve aquelas porcarias só pode ser um velho cinquentão recalcado (do tempo do fascismo, é claro). Ou então é algum jovem tão oco como qualquer personagem. A mim essa série só me dá para vomitar (então os dotes de representação deles... cada canastrão pior que o outro). Aquilo que mais temo é que os jovens, verdadeiros adolescentes, se identifiquem com aquela noção deturpada da realidade. Portanto, vamos lá abrir-lhes os olhos! Contamos contigo! Um abraço
nesta história temos sempre duas possibilidades: achar que somos nós os autores das ideias que encontramos na nossa cabeça; ou, por outro lado, mantermo-nos sempre receptivos para que a nossa cabeça, como boa antena colectora de ideias, seja confortável o suficiente para que elas se amiguem de lá pousar. Pelo sim pelo não, vou mais por deixar a cabeça suficientemente livre e vazia de qualquer pensamento para que eles nunca se incomodem de lá parar para ganhar força e seguir adiante.
2 comentários:
Exactamente por isso não correspondem à verdade. Acredito que os adolescentes sejam muito mais do que aqueles simples arquétipos apresentados nesses programas. Estes divertem-se a reduzir os jovens à sua versão mais básica, encaixando-os em diversos estereótipos para dar a ilusão de uma suposta variedade e complexidade. O problema é que, ironicamente, o maniqueísmo presente nesses conteúdos torna a caracterização dos adolescentes infantil e convencional.
Abraço
Eu, que me sinto adolescente (e oxalá me sinta assim por toda a vida), não me sinto retratado ali. É a prova de que quem escreve aquelas porcarias só pode ser um velho cinquentão recalcado (do tempo do fascismo, é claro). Ou então é algum jovem tão oco como qualquer personagem. A mim essa série só me dá para vomitar (então os dotes de representação deles... cada canastrão pior que o outro). Aquilo que mais temo é que os jovens, verdadeiros adolescentes, se identifiquem com aquela noção deturpada da realidade. Portanto, vamos lá abrir-lhes os olhos! Contamos contigo! Um abraço
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