terça-feira, 23 de janeiro de 2007

há um quê de metafísico na relação entre a relação da gravitação universal e da força eléctrica de Coulomb. Quem poderia adivinhar que tanto para os maiores corpos do sistema solar como para os mais pequenos corpúsculos que compõem toda a matéria está subjacente a mesma lei do inverso do quadrado, das massas ou das cargas, da gravidade ou da falta dela, que as cargas unem ou repelem, consoante a ocasião. Eis aqui a prova da correspondência do macrocosmos com o microcosmos, tanto fenómenos que se medem em distâncias de anos-luz e googols e seus múltiplos são também os fenómenos que se medem em seus submúltiplos, mostrando que o infinitamente grande e o infinitamente pequeno são, no fundo, o mesmo, apenas com a diferença de que o infinitamente grande é composto por infinitos infinitamente pequenos, que se sucedem de uma forma ordenada, mas sempre sucessiva, de tal forma que a lei que a eles preside não se altera, nem mesmo na curvatura do espaço-tempo criada, isto a ter Einstein razão. Um físico actual não diria o mesmo, mas antes que nem o espaço nem o tempo existem, existem sim, para nós, meros mortais e condenados a viver na liberdade do livre-arbítrio, mas na verdade inexistentes perante o todo, posto que o que existe, para nós, é o mundo, aquilo em que vivemos, o isto e o agora onde nos movemos e onde somos movidos, ou onde julgamos que somos movidos, quando apenas nos movemos a nós próprios.

Sem comentários: