segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
um dia, saí da minha terra e parti para a terra de ninguém e de toda a gente à procura do que era ser ente. Encontrei. Mas a razão porque não páro de voltar a encontrar, a razão por que me espanto, é que essa coisa que encontrei sempre me vai escapando. Por entre os dedos da mão. E assim corro afogueado, de ritmo apressado, estendo o braço num abraço apertado. Para ver se vejo coração. Ou pedaço separado. Daquilo que faz correr a mão. Num canto dum canto apressado. E nunca termina a corrida. Veloz, a passo ou despida. Na despedida do encontrado, fica a canção. Esquecida. E no lume do apagado, a mão. Estendida. Sempre a ver se passa recado. Mas nunca perdida.
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