1. Só acreditar naquilo que as nossas sensações nos transmitem, tudo o resto é ilusório.
2. Andar pela rua com os olhos e com os ouvidos bem abertos, como o Cesário.
3. Desprezar 99,99999% da população mundial, sobretudo dirigentes políticos.
4. Desenvolver uma intensa e delicada agorafobia.
5. Ser amigo de todos sem se deixar prostituir.
6. Guardar muito poucos amigos.
7. Gostar dos grandes espaços abertos, livres, que ninguém conhece.
8. Lançar provocações sempre que se abra a boca.
9. Desprezar de uma forma altiva, sem pretensões, todos os seres que são pobres de espírito por opção própria, todos os seres que se cobrem de vergonha e para quem a palavra não significa nada.
10. Cultivar a palavra como algo sagrado, o gesto como um acto religioso.
11. Cuspir em cima das tumbas dos Antigos, mas sempre terminar com uma vénia.
12. Seguir o caminho sempre em frente, sem desvios ou atalhos.
13. Não tolerar a indecisão: falar apenas ou sim ou não.
14. Amar perdidamente tudo aquilo que for digno de louvor, desprezar tudo o resto.
15. Não ser menos exigente consigo próprio do que com os outros.
16. Usar todos os momentos da nossa curta existência para sonhar.
17. Criticar tudo aquilo que se vê e ouve.
18. Desconfiar de tudo aquilo que se vê e ouve.
19. Não dar ouvidos a ninguém.
20. Gastar todas as fortunas em coisas supérfluas para nos protegermos da estupidez do mundo.
21. Fazer grandes coisas em vida, mesmo que poucos ou nenhuns as consigam apreciar. Passados pelo menos quinhentos anos hão-de construir estátuas e escrever livros e baptizar ruas com o nosso nome.
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