domingo, 25 de novembro de 2007
a verdade é aquilo que está à vista de todos e que nós não conseguimos ver: nós próprios. Está sempre à vista de todos porque todos nos podem ver, e está sempre escondido de nós porque nós não nos conseguimos ver a nós próprios. Só quando conseguirmos casar os outros connosco é que poderemos ver aquilo que realmente somos. Para isso não nos é possível conhecer directamente, ou ver, aquilo que somos, e por isso recorremos ao espelho. O espelho é o instrumento que nos permite continuar a ser o que somos e conseguir, se a tanto nos dermos a isso, ver através dos nossos próprios olhos o ser outro que somos à vista de todos. Daí a estranheza que é vermo-nos ao espelho olhando para nós próprios e multiplicando a imagem interior na exterior que enxergamos de nós. É pelo objecto exterior que podemos lançarmo-nos no abismo que é o mergulho interior.
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