domingo, 19 de agosto de 2007

there's no such thing as getting out of the closet.

Analisemos o que esta expressão implica: expôr a sua vida amorosa e/ou sexual em público, isto é, num contexto social. This is a perfect nonsense. Se os homens heterossexuais não expõe a sua vida amorosa e/ou sexual em público, então porque haveria um homem homossexual de o fazer? O mesmo se aplica às mulheres. Esse erro social não é mais que uma tentativa para conseguir controlar, limitar ou demarcar o não demarcável, como se se estivesse a conter uma doença, como a propagação de um vírus. Ainda se vê muito a aversão à homossexualidade, dirão homofobia alguns, e bem, porque se trata da fobia ao ser a que se é semelhante, a outro ser humano! No fundo, a psicanálise deste comportamento revela que estamos perante uma extrema insegurança face à própria sexualidade, e isso mostra que andamos fugindo dela. A nossa herança cultural de influência judaico-cristã instalou nas mentes dos nossos pais (e, por sua vez, nas nossas mentes, por via da educação que deles recebemos) a noção de que existem regras rigorosas e provas pesadíssimas, flagelos e buréis a suportar, e que os instintos naturais, isto é, os instintos que de nós provêm, aqueles de que a natureza nos dotou, são malignos, ou imprevisíveis, e devem, portanto, ser controlados. O que é uma ideia totalmente errada. Devemos, antes de mais, obedecer aos nossos instintos, e isso significa ouvir o que é da nossa verdadeira natureza e não lhe negar lugar na nossa vida. Porque foi a própria natureza que nos fez seres humanos, e se esses instintos naturais (e naturais porque são comuns a todos os homens) deixaríamos de ser humanos. Todas as racionalizações são insuficientes porque todas as racionalizações induzem algo, e criar uma regra é uniformizar algo que não é uniformizável; que é vário e mutante por natureza, e que não pode nem deve aspirar-se a ser controlado.

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