domingo, 5 de agosto de 2007

a verdadeira mestria de Joyce está em ser verdadeiramente original: contar uma história do ponto de vista de uma criança, um pequeno oásis no meio do deserto púdico vitoriano, entre guerras de independência, políticas e religiosas, e a vida quotidiana de cada um. Contar uma história, que é a sua, como não podia deixar de ser, como a história é vivida, como a mente se move, daqui para ali, em associação livre de ideias, derrubando todos os cânones da lógica e da razão, da racionalidade, da explicação lógica e científica e perscrutando essa coisa estranha que é a sucessão de todos os estímulos que chegam até nós, ou, melhor dizendo, a sucessão de todas as sensações que nos percorrem.

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