domingo, 26 de agosto de 2007

a vida é demasiado curta para que possamos aprender e fazer tudo aquilo que queremos. Não é nenhuma constatação derrotista: é simplesmente um facto corroborado por um grande número de observações. De nada nos serve tentar fazer ou aprender tudo, primeiro porque nem tudo foi descoberto, e depois porque já muita coisa foi feita. A única fórmula para a vida, se é que possa haver uma, ou se é que se possa chamar a isso fórmula, é aprender com aquilo que nos acontece, e fazer aquilo que temos que fazer. Se não vamos conseguir ler todos os livros que já foram escritos no mundo, para quê tentar lê-los? Mais, há muitos livros maus, péssimos mesmo, que não adiantam absolutamente nada ao nosso processo de aprendizagem. Portanto, a única resposta possível é seleccionar. Escolher. O mais conscientemente ou inconscientemente possível. Suficientemente consciente para que saibamos que estamos a fazer uma escolha, e que essa escolha vai ter um conjunto de consequências que vão influenciar a nossa vida para sempre, e sabendo que essa escolha faz com que todas as outras escolhas possíveis deixem de ter significado real para nós. Suficientemente inconsciente para que não saibamos quais vão ser essas consequências, para que estejamos suficientemente abertos à novidade para que possamos escolher entre o maior leque possível de escolhas, para que possamos seleccionar não o que achamos ser melhor para nós mas o que vem ao nosso encontro. No fundo é muito simples: é seguir em frente sem olhar para trás.

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