sábado, 17 de fevereiro de 2007

a cada passo que dou o desconhecido desfila sob meu olhar. Pensá-lo? Segui-lo apenas. Como a criança que segura mão para atravessar a estrada, não penso. Sinto. Sinto que há estrada sem olhá-la, mas vendo-a de sobremaneira, em todo o lado, à minha volta. Quem me segue não conheço. Uma a sombra, a outra a silhueta desse inominável em que me perco. Perder-me nele é andar pela rua, não como quem atravessa uma estrada, mas como quem caminha pela terra. Com o pé na chuva, e no pó da estrada. Quem me guia, me leva. Para onde não sei. Quem sabe? Que interessa? Quem me guia sabe, isso basta. Como para ter qualquer certeza.

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