quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

a poesia que se faz hoje em Portugal tem a cruz de não ser poesia: é prosa. Ou então são punhados de sensações mal sentidas que se deitam para fora. Se realmente a queriam deitar fora, então porque é que a publicam? Já dizia o poeta que só a prosa é que se emenda, o verso nunca se emenda. E é por seu intermédio que digo: então vamos lá a emendar essa prosa toda, cheira mal, ocupa muito espaço e ainda dá ares de que se faz muita cultura em Portugal. A cultura que se faz realmente, se é que ela se faz, parece-me a mim toda escondida, ou abafada, pela prosa.

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