quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

agora compreendo por inteiro porque é que o Fernando Pessoa nunca chegou a acabar o curso de Letras em que esteve matriculado. É que toda a aprendizagem para cadáveres, estática, que faz recurso apenas à porção mais ínfima da inteligência humana não interessa a quem vê tudo como um todo - mesmo que este, com Pessoa, estivesse fragmentado.

De facto, só mesmo uma pessoa forte de carácter, como o Agostinho da Silva, aguentou a Filologia lá pelos lados do Porto, e com boa classificação, 20 valores foram, e até teve que fazer o favor de ir à Sorbonne fazer o Doutoramento, já que toda a gente sabe que ninguém nos ouve, por maior que seja o nosso intelecto, a menos que tenhamos um canudo com uns rabiscos dourados ou prateados, fita a condizer e um semblante arrogante. E ele fez bem, pois segundo consta lá havia muito disso, com fartura.

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