terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

uma das coisas que mais me surpreenderam até hoje foi o ficar a conhecer que a evolução da ecologia e a evolução da economia não são mais que dois aspectos da mesma moeda. E até a própria origem da palavra, oikos, diz tudo. A ecologia estuda a organização inteligível, intelectualizável e racionalizada das relações que se estabelecem na casa dos seres vivos, entre aquela e estes, e entre eles próprios. As relações que se estabelecem entre os diferentes domínios da casa. A economia estuda a gestão da casa, do espaço, no tempo. Realmente, quando as pessoas falam destas duas, parece que estão a falar da água e do fogo, do céu e da terra, do bom e do mau, incluindo a noção de que são ambas mutuamente exclusivas da outra. Não pode haver ideia mais errada. Uma ideia engraçada e, ao mesmo tempo, interessante, é aquela que funde as duas, e que se pode apresentar da maneira que já têm vindo a descrevê-la:

A Economia da Natureza

porque, de facto, a Natureza é económica, em si, e sabe gerir muito bem as suas contas, os seus balanços positivos e negativos, e de tal modo que nunca a balança fique em deficit ou em superavit, ao contrário de tantas bolsas de tantos países que por aí há. Devíamos aprender esta lição com a Natureza: que tudo o que se dá, é aproveitado pela vida, para que ela se possa desenvolver, e florescer, e mostrar todo o seu esplendor numa selva caótica de uma ordem gerida parcimoniosamente, e que tudo o que se tira tende a ser reposto, para que o caos não se perca, isto é, para que reine a diversidade ainda, mas também, e importante, para que a ordem de encadeamento das relações entre os seres não se altere, porque, também, se formos a olhar direito para o assunto, vemos que não há outra possível: é aquela que sempre existiu.

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